Antigo Matadouro Industrial do Porto. Câmara diz que obras estão a cumprir cronograma
Porto Canal / Agências
A obra de reconversão do antigo Matadouro Industrial de Campanhã, no Porto, que arrancou em maio de 2021, está a cumprir o cronograma normal dos trabalhos, afirmou o vereador do Urbanismo da Câmara do Porto.
Em declarações à agência Lusa, o vereador com o pelouro do Urbanismo, Pedro Baganha, afirmou que está a ser cumprido o “cronograma normal dos trabalhos”.
As máquinas escavadoras da Mota-Engil, empresa a quem foi adjudicado o contrato de reconversão e exploração, entraram a 27 de maio de 2021 no antigo complexo industrial, tendo concentrado os trabalhos na demolição dos elementos em elevado estado de degradação.
A primeira fase das obras terminou em setembro de 2022, com a conclusão das demolições, terraplanagens, limpezas e sondagens, adiantou à época a autarquia numa publicação na sua página oficial.
Citando o CEO da Emerge-Mota Engil, a câmara avançava que a reabilitação dos edifícios existentes e a construção de novos iria, entretanto, arrancar.
"Esta fase vai demorar cerca de dois anos, prevendo-se que, em outubro de 2024, o novo Matadouro já esteja ao serviço de todos", referia o responsável.
Mantendo a "memória histórica e natureza arquitetónica", a reconversão do complexo, desativado há mais de 20 anos, prevê novos espaços empresariais, comerciais, de lazer, de cariz cultural e artístico, mas também espaços destinados à ação social, de acordo com a informação partilhada na página oficial da empresa municipal GO Porto.
De acordo com um parecer da Direção Municipal de Urbanismo, datado 3 de janeiro de 2022 e consultado pela Lusa, o projeto de arquitetura para a obra de ampliação do Matadouro inclui a "demolição do muro que atualmente estabelece a separação com a rua de S. Roque da Lameira, para construção de uma praça pública que posteriormente poderá ser ampliada para sul, em conformidade com a proposta viária prevista no PDM [Plano Diretor Municipal]".
À Lusa, Pedro Baganha afirmou que o projeto inicialmente apresentado já contemplava a demolição do muro que separa o complexo da rua e que a praça, que ficará dentro do perímetro do Matadouro, terá uma utilização pública.
O vereador do Urbanismo disse ainda que a ideia, que está inscrita no PDM desde a sua aprovação em 2021, é, posteriormente, construir uma praça pública com estacionamento subterrâneo nos terrenos da fábrica Invencível e do Parque de Recolha da STCP que será "o prolongamento natural" do espaço que vai ser criado no Matadouro.
"A ideia sempre foi a de abrir o edifício à cidade", garantiu Pedro Baganha.
Dos cerca de 26 mil metros quadrados, a reconversão prevê a utilização de cerca de 20.500 metros quadrados. Destes, 12.500 metros destinam-se a espaço empresarial, a ser explorados pela Mota-Engil, e o restante a espaços a serem explorados pelo município.
O investimento de mais de 40 milhões de euros será integralmente assegurado pela Mota-Engil e no final dos 30 anos da concessão, o equipamento regressa à esfera municipal.