Metro do Porto com carruagens sobrelotadas: “Está cada vez pior. Há pessoas que não conseguem entrar e que se magoam”

Metro do Porto com carruagens sobrelotadas: “Está cada vez pior. Há pessoas que não conseguem entrar e que se magoam”
| Norte
Porto Canal

São cada vez mais os relatos daqueles que, todos os dias nas horas de ponta, se deparam com carruagens lotadas e viagens desconfortáveis na Metro do Porto. “Está cada vez pior. Há muita gente que não consegue entrar e às vezes empurra os outros. Há até pessoas que se magoam, a tentar entrar no metro”, contou ao Porto Canal uma passageira, na Estação da Trindade.

E os relatos continuam. “Há gente que, inclusive, cai. E também já assisti a casos de briga, porque as pessoas querem entrar no metro e não têm espaço”.

Os constrangimentos são, por isso, cada vez maiores. Há muitos que ficam por terra, à espera de um novo metro onde consigam, efetivamente, entrar. Mas o certo, entre as 8h e as 9h da manhã e ao final do dia, é que qualquer viagem de metro será feita de forma apertada e, muito provavelmente, de pé. “Quando ando de metro vou de pé, quase sempre. Não há alternativa”.

Muitos passageiros se queixam, também, do atraso de algumas carruagens, que formam “um aglomerado de pessoas” que, forçosamente e já atrasados, entra todo no mesmo metro.

Em resposta ao Porto Canal, a Metro do Porto reconheceu que “a procura na rede do Metro do Porto tem vindo a crescer exponencialmente ao longo desde ano”, atingindo “níveis próximos da que se registava em 2019”, ano pré-pandémico.

Em média, “e de acordo com os números mais recentes, viajam perto de 260 mil passageiros diariamente em toda a rede, sendo que a Linha Amarela, a mais procurada, transporta perto de 80 mil clientes em dia útil”.

A Metro do Porto reforça que “as empreitadas de alteração da agulha junto à Estação do Hospital de São João, já concluída, e o aumento da capacidade de tração da Subestação de Tração de General irão permitir elevar em 45% a oferta na hora de ponta na Linha Amarela”.

Para além disso, está a decorrer “um processo de aquisição de 18 novos veículos, sendo que o primeiro deles será entregue ainda este ano e, em 2023, prosseguirão entregas mensais regulares”.

 
 
 
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