Ricardo Penarróias, presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, reagiu ao Porto Canal, na manhã desta terça-feira, relativamente aos reembolsos e à multa que a companhia aérea portuguesa terá de pagar a passageiros por viagens canceladas nos EUA. Em primeiro lugar, além do impacto financeiro que este valor vai ter nos cofres da empresa, Ricardo Penarróias alertou que esta situação vai manchar “mais uma vez a imagem da companhia”.

Em segundo lugar, o presidente do sindicato não se mostrou surpreendido com o pagamento deste valor. “Tem que ser pago, não há volta a dar”, frisou o sindicato.

Relativamente aos cancelamentos previstos nesta fase, o sindicato referiu que “advém da uniformização do espaço aéreo europeu”.

No início do mês de novembro, a companhia aérea portuguesa informou ter de reajustar o plano de inverno, implicando o cancelamento de, em média, sete voos por dia, já a partir desta terça-feira e até 31 de dezembro.

O presidente do sindicato questionou o “timing desta mudança”, visto que deveria ter sido feita “numa altura com menor tráfego aéreo e não nesta fase do pico das datas festivas”.

Outras cidades europeias fizeram esta “uniformização” em alturas com menos tráfego. Em Lisboa já ocorreu desde setembro. “A partir de meados de novembro irá ocorrer em Marselha” e tudo isto “vai ter impacto nesses reajustes e possíveis cancelamentos”.

Ricardo Penarróias esclareceu que, desta vez, a TAP emitiu um comunicado onde “teve o cuidado de dizer que os cancelamentos advinham destes reajustes e atualização do sistema” e, por isso, “parte dos cancelamentos” não são provocados pela companhia aérea.

O presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, mostrou a sua “satisfação” quando percebeu que “a companhia aérea não tenha utilizado a bandeira de licenças para o fator dos cancelamentos”.

O sindicato acrescentou que a empresa deve reencaminhar antecipadamente os passageiros para outros voos para que o transtorno seja o menos possível. “É importante que tenham essas alterações programadas”, salientou Ricardo Penarróias.