Obras na A4 afetam cerca de 80 mil condutores por dia

Obras na A4 afetam cerca de 80 mil condutores por dia
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Porto Canal

As obras no nó de Ermesinde, em Valongo, e no túnel de Águas Santas, na Maia, vão terminar, respetivamente, no final de outubro e dezembro de 2022. Desde 2015, altura em que o alargamento da via começou, milhares de condutores têm sido afetados. Só no primeiro trimestre deste ano foram quase 80 mil por dia.

Os dados são do Instituto da Mobilidade e Transporte e revelam o número de condutores que circularam nas autoestradas portuguesas no primeiro trimestre de 2022. Na A4, nomeadamente no troço entre Águas Santas e Ermesinde, aquele que está a ser intervencionado, passaram, em média, por dia, 78.801 veículos. Mas o número de condutores afetados é bem maior, isto porque as obras duram há 8 anos e o troço é uma das principais ligações ao Porto para os mais de 130 mil habitantes que vivem nos concelhos da Maia e de Valongo.

Obra “muito complexa” custou 43 milhões de euros

Manuel Melo Ramos, presidente executivo da Brisa, explica que a empresa “investiu 43 milhões de euros na empreitada de alargamento da plena via no sublanço Ermesinde/Águas Santas”, que classificou de “muito complexa”.

Depois de concluída a obra, o sublanço da A4 terá “quatro vias de circulação em cada sentido na plena via, quatro vias na galeria Norte em ambos os sentidos, duas vias de circulação na galeria Sul no sentido Porto/Ermesinde e duas vias de circulação na galeria Central no sentido Matosinhos/Ermesinde”, explica o responsável da Brisa.

Mas, mesmo com as obras perto de chegar ao fim, haverá ainda constrangimentos nos próximos meses. Segundo a empresa, “a fase final da conclusão da empreitada vai obrigar a interrupções pontuais do trânsito nos ramos de acesso e de saída da] no nó de Ermesinde”, como tem aliás acontecido nas últimas semanas.

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Praça das portagens de Ermesinde foi uma das zonas intervencionadas

As interrupções “serão feitas maioritariamente no período noturno”, tal como já tem sucedido, de forma a aumentar a “comodidade e segurança” dos clientes e “com o objetivo de minimizar o impacto no nível de serviço” da autoestrada, explica a concessionária.

Oito anos de avanços e recuos

A empreitada arrancou em 2015, mas dois anos depois, quando supostamente a obra já deveria estar terminada, os trabalhos pararam devido a uma impugnação judicial. As máquinas só voltaram em setembro de 2018. Nessa altura, a Brisa previa que as obras de alargamento em Águas Santas estivessem prontas em 2020. Entretanto passaram quase mais dois anos, e só agora parece haver sinais de que os trabalhos vão mesmo terminar.

Ao longo destes oito anos o processo foi alvo de muitas críticas. Autarcas e oposição disseram, por várias vezes, não compreender os atrasos. António Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal da Maia garantiu mesmo em declarações à RTP, em maio deste ano, avançar para a justiça se a Brisa voltar a não cumprir o prazo previsto para a conclusão das obras na A4.

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Empreitada para a construção do túnel de Águas Santas

Obras podem não resolver o problema do trânsito

Em janeiro deste ano, José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Valongo mostrou-se cético quanto á resolução do problema de trânsito na saída da A4 em Ermesinde, após a conclusão das obras.

Em reunião de câmara, o autarca defendeu a criação de uma saída para Baguim do Monte e uma solução para Águas Santas. Segundo José Manuel Ribeiro, esta é a única saída e entrada para três concelhos e, por isso, os municípios de Valongo, Gondomar e Maia devem pressionar o governo, para terminar com o que chamou de “gargalo” à saída da A4.

 

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