Covid-19: Espanha com 45.000 mortos até maio, mais 18 mil do que número oficial

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Porto Canal com Lusa

Madrid, 10 dez 2020 (Lusa) -- Mais de 45.000 pessoas morreram ou suspeita-se que tenham morrido de covid-19 até maio em Espanha, cerca de 18.000 mais do que o número de mortes associadas à doença fornecido pelas autoridades nacionais, segundo dados publicados hoje.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol, a covid-19, dentro do grupo das doenças infecciosas, foi a causa de morte mais frequente entre janeiro e maio de 2020, com 32.652 óbitos com o vírus "identificado" e 13.032 registadas com o vírus "suspeito".

As estatísticas confirmam que nenhuma morte provocada pelo novo coronavírus foi certificada entre janeiro e fevereiro, enquanto abril, com 26.305 casos (18.178 identificados e 8.127 suspeitos), foi o mês com a maior mortalidade devido a esta doença.

No cálculo global das mortes registadas por todas as causas, a variação em relação ao ano passado mostra uma diminuição de 4,3% nos dois primeiros meses do ano, com menos 3.568 mortes, enquanto entre março e maio aumentou 44,8%, com mais 47.105 casos.

No total, desde o início de 2020 até maio, 231.014 pessoas morreram em Espanha por todas as causas, mais 43.537 do que no mesmo período do ano anterior, o que representou um aumento de 23,2%.

Segundo o INE, a "semana negra" de mortes foi a de 30 de março até 05 de abril: sete dias em que a covid-19 esteve envolvida em 10.664 casos indicados nesta estatística obtida com base nos atestados de óbitos médicos e tendo em conta os códigos estabelecidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em março para distinguir os casos.

Os dados fornecidos pelo INE espanhol permitem constatar que na primeira vaga morreram mais mil homens do que mulheres devido ao novo coronavírus (23.370 homens contra 22.314 mulheres).

As mortes concentraram-se em pessoas de idades avançadas, dado que 87,1% das mortes com o vírus identificado tinham 70 anos ou mais, enquanto 89,2% dos casos suspeitos tinham 75 anos ou mais.

O estudo também indica que o risco de morrer de covid-19 era inferior a 100 mortes por 100.000 habitantes até aos 65 anos de idade, embora a partir dessa idade as taxas tenham aumentado para 1.773,9 mortes por 100.000 habitantes no grupo com idade igual ou superior a 95 anos.

Quanto aos locais onde ocorreram as mortes, os dados distinguiram claramente entre vírus confirmados e suspeitos: 76,4% dos identificados ocorreram em centros hospitalares, enquanto 55,6% dos suspeitos ocorreram em residências de cuidados de saúde sociais.

No total, foram registadas 28.444 mortes em hospitais e 13.746 em lares de idosos.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.557.814 mortos resultantes de mais de 68,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 5.192 pessoas dos 332.073 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Oficialmente, Espanha regista até agora 47.019 mortos e mais de 1,7 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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