Covid-19: Estudantes da Universidade da Beira Interior querem redução das propinas
Porto Canal com Lusa
Covilhã, Castelo Branco, 24 mar 2020 (Lusa) - A Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), Covilhã, distrito de Castelo Branco, reivindicou hoje a redução das propinas e suspensão do pagamento das residências, em virtude das dificuldades causadas pela pandemia da covid-19.
"Considerando esta situação excecional, a AAUBI considera imperativo o reforço do apoio aos estudantes, aliada a uma redução da sobrecarga financeira, nomeadamente através da redução do valor da propina dos estudantes portugueses e internacionais, em todos os ciclos do ensino superior, enquanto se verificar o atual panorama", apontam os estudantes em comunicado.
No dia em que se assinala o Dia Nacional do Estudante, a AAUBI expressa a sua "preocupação face à incerteza que os estudantes do ensino superior enfrentam, com especial foco nos cerca de 8.000 estudantes que representa e que frequentam a Universidade da Beira Interior".
A AAUBI, que é liderada por Ricardo Nora, lembra que se desconhece por quanto tempo a situação vai prolongar-se e alerta para as suas consequências na vida dos alunos, reivindicando medidas.
"Face à possibilidade do prolongamento das atividades para os meses de verão, apelamos à necessidade de serem consideradas alternativas viáveis e exequíveis para os estudantes que exercem atividades laborais neste período, com a finalidade de financiar e custear o ano curricular seguinte, garantindo condições equitativas para todos", aponta.
O alojamento estudantil é também uma temática abordada pela associação académica, que lembra que, em caso de prolongamento do ano letivo, "muitos estudantes necessitarão de alojamento em períodos não previstos nos orçamentos familiares".
"A AAUBI considera imperativa a suspensão do pagamento das rendas das residências públicas durante este período de 'pausa forçada', bem como apela aos proprietários de alojamentos privados que procedam da mesma forma, atendendo à situação extraordinária em que vivemos, assegurando aos seus arrendatários a sua habitação quando retomar a normalidade", lê-se na nota.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 360 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17.000 morreram.
Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde.
Dos infetados, 201 estão internados, 47 dos quais em unidades de cuidados intensivos.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.
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