Ucrânia: Rui Machete acompanha situação "com muita preocupação"
Porto Canal / Agências
Toronto, 01 mar (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, disse na sexta-feira à noite que está a acompanhar a situação na Ucrânia "com muita preocupação", sublinhando que é fundamental que se conserve a unidade do país e garantam as liberdades dos ucranianos.
"A Ucrânia é um país de uma importância enorme para as relações entre a União Europeia e a Rússia, por outro lado é fundamental que se conserve a unidade do país e se garantam as liberdades dos cidadãos ucranianos", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, em declarações aos jornalistas em Toronto, onde se encontra a acompanhar a visita do Presidente da República ao Canadá.
Fazendo votos para que "as coisas corram bem", Rui Machete admitiu que existem motivos de preocupação.
"Estou a acompanhar aqui como posso, isto não tem todos os meios de acesso como em Lisboa. Mas, evidentemente estamos a acompanhar com muita preocupação, porque na realidade se justifica face aos recentes eventos", referiu.
Questionado sobre a possibilidade de se estar perante um conflito iminente, o ministro dos Negócios Estrangeiro recusou a ideia, mas insistiu que é necessário ter atenção.
"Não penso que aconteça, que vá tão longe, mas é necessário estarmos atentos, prestar atenção e dar o apoio que pudermos à Ucrânia do ponto de vista económico", acrescentou.
Antes das declarações de Rui Machete, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) já tinha emitido um comunicado, considerando que "tudo deve ser feito para evitar movimentações militares" na Crimeia, defendendo a preservação da unidade e soberania da Ucrânia e apelando para a realização de um "diálogo inclusivo".
Um alto responsável de Kiev denunciou hoje uma "invasão armada" da Crimeia por mais de 2.000 soldados russos aerotransportados em Simferopol, capital da república autónoma do sul da Ucrânia.
O Presidente interino da Ucrânia, Oleksandr Turchinov, pediu hoje ao chefe de Estado russo, Vladimir Putin, para "terminar imediatamente a sua agressão ostensiva e retirar os seus militares da Crimeia", durante uma intervenção transmitida pela televisão.
VAM (JH/ANC) // FV.
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