Lisboa, 07 jul (Lusa) - O primeiro-ministro disse hoje ao presidente do PSD que a posição da Comissão Europeia sobre o défice excessivo de Portugal permitiu perceber que "a única coisa que estava em causa era a execução do seu orçamento", em 2015.

Após ser questionado por Pedro Passos Coelho, durante o debate do "Estado da Nação", no parlamento, António Costa manifestou-se surpreendido pelo facto de o ex-primeiro-ministro não o ter questionado sobre a posição da Comissão Europeia que tinha acabado de ser divulgada.

"Surpreendeu-me porque, depois de durante os últimos dias ter ouvido tantos dirigentes do PSD tão apoquentados em saber se o que estava em causa era a execução de 2016 ou a execução de 2015, vejo que não foi preciso mais do que o comunicado para perceber que a única coisa que estava em causa era a execução do seu orçamento em 2015", declarou António Costa.

Dirigindo-se a Passos Coelho, o primeiro-ministro disse que "a surpresa é um bom sinal para o país", acrescentando: "É um sinal de que efetivamente estamos a virar de página e que, não obstante a dose de austeridade com que quis fustigar os portugueses durante quatro anos, o resultado que alcançou foi falhar o objetivo, e que em 2016 todos concordamos que pela primeira vez iremos sair do procedimento por défice excessivo".

"É uma boa notícia para o país e devemos congratular-nos com ela", considerou.

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