Pais não percebem onde se pode cortar mais sem prejudicar escola pública
Porto Canal / Agências
Lisboa, 17 out (Lusa) -- A Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap) defendeu hoje que "não se percebe onde é possível reduzir o orçamento para a Educação sem prejudicar significativamente" o ensino público, acusando o Governo de não fazer da área uma prioridade.
Em comunicado, a Confap diz não conseguir entender os cortes num contexto de cortes e dificuldades vivido pelas escolas nos últimos anos elencando, entre outros problemas, os problemas na colocação de professores, a falta de técnicos especializados e as obras inacabadas nas escolas.
"A solução de compromisso que a Confap tem vindo a defender nos últimos anos e recentemente revigorada pelo Exmo. Sr. Presidente da República, tem de começar pelo próprio Governo, com sinais claros e inequívocos de querer assumir um compromisso de responsabilidade na prossecução de políticas educativas que proporcionem a defesa do superior interesse das crianças e dos jovens e assim da salvaguarda do futuro nacional, que parece afastar-se de forma evidente do contexto europeu", reiterou a Confap.
O comunicado acrescenta ainda que "o desígnio nacional de termos uma escola para todos e de inclusão não deve ser colocado em causa", defendendo-se ainda que "não se entende como pode a educação pública não ser uma prioridade da política governativa".
A Confap manifestou-se ainda disponível para ajudar o Ministério da Educação "para evitar esta redução orçamental e que pode causar consequências imprevisíveis no estado da educação".
De acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2015 o ensino básico e secundário perdem no próximo ano, em relação a 2014, cerca de 700 milhões de euros. No entanto, o ministro Nuno Crato contrariou hoje esses números, indicando que o corte real é de 200 milhões de euros.
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