Machete quis manifestar confiança na conclusão do programa e Portas foi solidário - PSD
Porto Canal / Agências
Lisboa, 11 nov (Lusa) - O porta-voz do PSD, Marco António Costa, sustentou hoje que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, pretendeu manifestar confiança na conclusão do programa de resgate de Portugal e obteve uma declaração solidária do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas.
Em conferência de imprensa, na sede nacional do PSD, em Lisboa, Marco António Costa acusou o PS de querer "criar um caso com este tema" das declarações que o ministro dos Negócios Estrangeiros fez na Índia, considerando que Portugal só poderia evitar um novo pedido de resgate se os juros da dívida pública a dez anos não ultrapassassem os 4,5% - fasquia que mais tarde disse ter apontado "indicativamente e como mera hipótese".
Segundo o coordenador e porta-voz da direção nacional do PSD, "o objetivo [de Rui Machete] era declarar a total confiança que o Governo português tinha de cumprir com sucesso e terminar o programa de assistência financeira a que o país está obrigado desde 2011" e "a intervenção do senhor vice-primeiro-ministro e de outros membros do Governo são intervenções solidárias no conteúdo e no objetivo com aquilo que foi dito pelo senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros".
Depois de, no domingo, Rui Machete ter associado juros da dívida superiores a 4,5% à necessidade de um segundo resgate, hoje o vice-primeiro-ministro veio afirmar que Portugal "tem uma data marcada para finalizar" o seu programa de resgate, e "não uma determinada taxa" de juro.
Questionado pelos jornalistas sobre a diferença entre o que disseram os dois governantes, Marco António Costa reiterou que entende as declarações de Paulo Portas como "declarações solidárias" para com Rui Machete: "Se o ministro dos Negócios Estrangeiros aquilo que pretendeu reafirmar e acima de tudo sublinhar foi a confiança do Governo português em terminar com sucesso, numa determinada data, prevista para o verão de 2014, o Programa de Assistência Económica e Financeira, e se isso foi realçado e sublinhado pelo senhor vice-primeiro-ministro temos uma perfeita consonância e, portanto, uma total solidariedade no conteúdo dessas duas comunicações.
IEL // SMA
Lusa/Fim