Moreira diz que "problemas técnicos" dificultam transporte público no Ramal da Alfândega 

Moreira diz que "problemas técnicos" dificultam transporte público no Ramal da Alfândega 
| Porto
Porto Canal/Agências

O presidente da Câmara do Porto apontou "problemas técnicos” que dificultam o transporte público de passageiros no Ramal da Alfândega e disse que o município aguarda o desenho da linha ferroviária de alta velocidade.

 
 
 
Ver esta publicação no Instagram
 
 
 

Uma publicação partilhada por Porto Canal (@porto.canal)

“Há problemas técnicos complicados que ainda estão a ser avaliados, nomeadamente a questão dos túneis, que tem uma bitola e altura que não é fácil para transporte público”, afirmou Rui Moreira, na segunda-feira à noite, durante a Assembleia Municipal.

O autarca, que respondia a questões levantadas pelos deputados municipais do BE e CDU sobre o respetivo ramal, esclareceu que estão a decorrer avaliações, também relacionadas com “o encaixe” da linha de alta velocidade em Campanhã.

“Estamos à espera de saber exatamente qual vai ser o desenho da alta velocidade porque a última coisa que gostaríamos era de estar a fazer ali uma ligação que depois viesse a ser destruída pela alta velocidade porque a ideia é que ele [o transporte público] chegue a Campanhã”, acrescentou.

Rui Moreira afirmou ainda que a obra não irá avançar neste mandato e que os trabalhos que estão a decorrer no Ramal da Alfândega permitirão ao próximo executivo municipal “decidir o que lá pode ser feito”.

“Neste momento a evolução do transporte, nomeadamente em veículos que não precisam de carril, é uma evolução muito acelerada, e pode ser quiçá, que o futuro, daqui a um ou dois anos quando aquilo estiver pronto, seja adquirir veículos dessa natureza”, assinalou, dizendo ser apenas "uma possibilidade".

No início de 2024, o vereador do Urbanismo da Câmara do Porto afirmou que o município preferia uma solução com pneus, ao invés da ferroviária, para o transporte público coletivo de passageiros no Ramal da Alfândega, permitindo o seu uso para mobilidade suave.

"Estamos, neste momento, a trabalhar num cenário de concessão desse transporte", um vaivém entre Campanhã e a zona da Alfândega do Porto, no centro histórico, disse Pedro Baganha, acrescentando estar "completamente compatibilizado" com o Plano de Urbanização de Campanhã, da autoria do arquiteto e urbanista catalão Joan Busquets.

O ramal liga Campanhã a Miragaia num percurso misto em túneis e a céu aberto, e está desativado desde 1989, tendo sido utilizado para o transporte de mercadorias até à Alfândega do Porto.

Um estudo da STCP Serviços, apresentado em outubro de 2023, avançava que a recuperação do ramal poderia ascender a 22 milhões de euros, enquanto a adaptação a uma solução rodoviária custaria metade, cerca de 10,7 milhões de euros (1,2 milhões de euros referentes aos veículos e 9,5 milhões de euros referentes à infraestrutura), tendo como "cenário base" a ligação direta entre Campanhã e a Alfândega.

O estudo indicava ainda que qualquer uma das soluções deveria ter "uma procura potencial" de 2.800 passageiros por dia e entre 835 mil e um milhão de passageiros por ano, dos quais 60% portugueses.

A STCP Serviços avaliou também a construção de três estações, as características dos túneis e estimativa de custo, bem como as soluções ferroviárias e rodoviárias compatíveis com o ramal, que conta com aproximadamente 3,7 quilómetros de extensão, dos quais 1,3 quilómetros são em túnel.

As dimensões do túnel, nomeadamente a sua largura (3,2 metros), e a existência de uma conduta de abastecimento de água "limitam as soluções" a adaptar naquela infraestrutura.

O estudo avaliou ainda a possibilidade de concessionar ou de manter o ramal na esfera municipal, operando-o através da STCP, concluindo ser "financeiramente sustentável e atrativa para o concessionário" a possibilidade de existir uma concessão a 15 anos, com o arranque do serviço de transporte em 2028.

+ notícias: Porto

Câmara do Porto vota redução de 0,5% no IRS e manutenção do IMI para 2026

O executivo da Câmara do Porto vai votar, na quarta-feira, a redução do IRS arrecadado pelo município, passando da taxa de 3% para 2,5% em 2026, e manter em 0,324% do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

Pedro Duarte entrega Chaves da Cidade do Porto a Presidente de Moçambique

O presidente da Câmara do Porto, Pedro Duarte, entregou, esta terça-feira, as Chaves da Cidade ao Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, salientando que a atual estabilidade política portuguesa é propícia ao fortalecimento da cooperação entre os dois países.

Avião declara emergência após tentar aterrar no Porto

Um avião da Easyjet com destino ao Porto declarou emergência depois de duas tentativas de aterrar no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.