Norte tem mais nove radares a funcionar a partir deste sábado
Alexandre Matos
A região Norte tem mais nove radares a entrar em funcionamento a partir deste sábado, três no Porto, quatro em Vila Nova de Gaia, um em Oliveira de Azeméis e outro que abrange Santa Maria da Feira e Espinho.
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O anúncio foi feito pela Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária a 25 de junho deste ano, quando divulgou a entrada em funcionamento de 25 novos radares, juntando-se aos 98 existentes no Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO) antes deste sábado.
Um dos novos radares, no quilómetro 9,8 da VCI, já está instalado desde 2022, como noticiou o Porto Canal em primeira mão, mas só agora - ao fim de um ano e oito meses - é que entra em funcionamento.
No final de outubro de 2022, o Porto Canal confirmou junto da Infraestruturas de Portugal a colocação de um novo radar na A20 que, à época, não se encontrava sinalizado.
A ANSR foi contactada por diversas ocasiões mas nunca confirmou a entrada em funcionamento do equipamento. No entanto, um dia depois da notícia avançada pelo Porto Canal, o radar acabaria por ser sinalizado com a placa devida.
As localizações dos novos radares:
Distrito do Porto
Porto - A43 KM 1,7 _ C Oeste-Este VI 2 Infraestruturas de Portugal 70
Porto- A43 KM 1,8 _ D Este-Oeste VI 2 Infraestruturas de Portugal 70
Porto - A20 KM 9,8 _ D Norte-Sul VI 2 Infraestruturas de Portugal 80
Vila Nova de Gaia - A29 KM 48,3 _ C Sul-Norte VI 2 Ascendi 100
Vila Nova de Gaia - A29 KM 45,8 47,2 C Sul-Norte VM 2 Ascendi 80
Vila Nova de Gaia - A29 KM 47,3 45,9 D Norte-Sul VM 2 Ascendi 80
Vila Nova de Gaia - A29 KM 49,0 _ D Norte-Sul VI 2 Ascendi 100
Distrito de Aveiro
Oliveira de Azeméis - IC2 KM 264,7 266,8 C/D Ambos VM 2
Santa Maria da Feira/Espinho - A29 KM 35,0 37,2 C Sul-Norte VM 2
A ANSR explica que os locais dos novos radares (37 instalados em setembro de 2023 e 25 a 06 de julho) foram selecionados com base no excesso de velocidade registada naqueles locais, que se revelou relevante para a sinistralidade grave.
Nestes locais, nos últimos cinco anos, perderam a vida 115 pessoas, uma média de 23 vítimas mortais por ano.
Relativamente aos 37 radares que entraram em funcionamento em setembro de 2023, nos locais onde foram instalados as autoridades registaram três vítimas mortais, um valor que a ANSR diz ser “substancialmente inferior” à média dos últimos cinco anos.
No total do sistema SINCRO, a funcionar há oito anos, verificou-se uma “redução significativa” da sinistralidade nos locais onde foram instalados os radares: menos 36% de acidentes com vítimas, menos 74% de vítimas mortais, menos 44% de feridos graves e menos 36% de feridos leves.
A ANSR recorda ainda que, nos locais onde foram instalados os novos radares registou-se, face às medições efetuadas antes da sua instalação, “uma redução média muito expressiva no número de veículos em excesso de velocidade” (cerca de 90%), tendo as maiores reduções sido verificadas nos trechos abrangidos pelos radares localizados na EN101 em Guimarães, na EN206 em Fafe, no IC2 em Coimbra, no IP7 (Eixo Norte Sul) em Lisboa e no IC17 (CRIL) em Odivelas.
A instalação destes radares permitiu aumentar o número de veículos fiscalizados. Nos primeiros cinco meses deste ano, em todo o sistema SINCRO, foram fiscalizados 92.402.878 veículos, 1,8 vezes mais do que os 51.461.809 fiscalizados em igual período do ano passado.
Na nota, a ANSR lembra que tem adotado uma política de total transparência na localização dos radares, divulgando antecipadamente os locais de instalação destes equipamentos, “maximizando a capacidade dos radares para salvar vidas, nomeadamente através da adoção de comportamentos adequados ao volante”.
A este respeito, refere que a taxa de infração (nº de infrações/n.º de veículos fiscalizados) dos radares foi sempre reduzida - quando comparada com outros radares não publicitados -, com 0,55% em 2018, o que representa menos de seis veículos por cada 1.000 fiscalizados.
Esta taxa continuou a baixar e, nos primeiros cinco meses de 2024, chegou aos 0,29%.
“A redução da sinistralidade, a redução de 90% no número de veículos em excesso de velocidade nos locais abrangidos pelos radares, a duplicação do número dos veículos fiscalizados e a redução para metade da taxa de infração demonstram de forma inequívoca a eficácia dos radares do SINCRO contribuindo para o grande objetivo de salvar vidas”, acrescenta a ANSR.