Saco Azul: Ministério Público quer Benfica julgado por fraude de milhões
Porto Canal
O Ministério Público (MP) quer que a SAD do Benfica, a Benfica Estádio, também o antigo presidente Luís Filipe Vieira e os elementos da anterior administração, Domingos Soares de Oliveira e Miguel Moreira, bem como José Bernardes sejam julgados no processo Saco Azul, que visa o Benfica desde 2018.
No debate instrutório, que arrancou na terça-feira no Campus de Justiça, em Lisboa, o Ministério Público defende que apesar de não haver “prova direta”, os arguidos devem ser julgados por fraude fiscal e falsificação de documento, aponta a imprensa.
O magistrado do MP defendeu que “há indícios suficientes de que os serviços não foram prestados e, não o sendo, não tem sentido pagá-los. Se foram pagos, só tem sentido havendo retorno de dinheiro para o Grupo Benfica”, referiu no debate instrutório.
Já a defesa de Vieira e dos dois antigos administradores da SAD encarnada afirma que ‘saco azul’ nunca foi encontrado. “No relatório da Polícia Judiciária dizem que não foi possível apurar em que circunstâncias os montantes voltaram ao Benfica”.
A decisão do juiz de instrução criminal, sobre se os arguidos são levados a julgamento ou não, será conhecida a 11 de junho, data marcada para a leitura da decisão.
Em causa está um esquema de pagamentos fictícios, entre dezembro de 2016 e dezembro de 2017, a uma empresa de informática, externa ao grupo Benfica, a Questãoflexível, Lda, num valor que ultrapassa um milhão de euros.
Sob a SAD do Benfica recai a acusação de dois crimes de fraude fiscal. Já a sociedade Benfica Estádio está acusada de um crime de fraude e 19 de falsificação de documentos. Já Luís Filipe Veiriera, Domingos Soares de Oliveira, Miguel Moreira e José Bernardes estão acusados de três crimes de fraude fiscal e 19 de falsificação de documentos.