Dados do PIB traduzem "opções políticas economicamente erradas e socialmente injustas" - GCTP
Porto Canal / Agências
Lisboa, 14 ago (Lusa) -- A CGTP considerou hoje que os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) traduzem as "opções políticas economicamente erradas e socialmente injustas que têm sido tomadas".
A economia portuguesa cresceu 0,6% no segundo trimestre face ao primeiro e 0,8% face a igual período do ano passado, segundo dados divulgados hoje pelo INE.
Para a CGTP, "estes dados são a tradução direta das opções políticas economicamente erradas e socialmente injustas que têm sido tomadas, condenando Portugal à estagnação e retrocesso económico, com a perpetuação do desemprego em níveis incomportáveis, e a imposição pelo Governo de mais exploração e empobrecimento e cada vez maiores sacrifícios aos trabalhadores e ao povo".
Os dados referentes a 2014, acrescenta a central sindical em comunicado, demonstram que, "ao invés do apregoado crescimento, a política imposta traduz-se num período de estagnação, com uma evolução anémica incapaz de reverter os brutais efeitos da política de direita na economia e nas condições de vida dos portugueses".
A CGTP considera "preocupante o risco de deflação", referindo que o índice de preços no consumidor está em -0,2% em média anual, bem como o "agravamento da balança de bens, com as exportações a caírem 0,4% e as importações a subirem 1,3%", em termos homólogos, no segundo trimestre.
A central sindical salienta ainda o facto de "os efeitos do escândalo" do Banco Espírito Santo (BES) ainda não estarem traduzidos nas contas nacionais deste trimestre e, por outro lado, alerta para o que considera ser "o desfasamento entre a evolução do crescimento no trimestre (0,6%) e a do emprego (2%)", considerando que "pode indicar que os empregos criados são de má qualidade e de sustentabilidade duvidosa".
CSJ// ATR
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