Arquivado processo de apostas desportivas contra antigos jogadores do Rio Ave

Arquivado processo de apostas desportivas contra antigos jogadores do Rio Ave
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Porto Canal

Cássio, Marcelo, Roderick Miranda e Eliseu Nadjack eram arguidos num processo aberto pelo Ministério Público na sequência do Feirense-Rio Ave, a contar para a 20.ª jornada da Liga Portuguesa de 2016/2017. Os jogadores chegaram a ser considerados suspeitos num esquema de viciação de resultados, mas, sete anos depois, o Ministério Público determinou o arquivamento do inquérito por falta de provas.

“Considerando não se terem recolhido indícios suficientes da prática de crime, o Ministério Público, ao abrigo do disposto no art.º 277.º, n.º 2 do Código de Processo Penal, determina o arquivamento dos presentes autos, sem prejuízo da sua reabertura na eventualidade de surgirem novos elementos de prova que invalidem os fundamentos invocados.”

É assim que o DCIAP conclui o inquérito que tinha como alvo quatro jogadores do Rio Ave na época desportiva de 2016/2017, segundo o despacho de arquivamento a que o Porto Canal teve acesso. Sob suspeita estava um jogo contra o Feirense cujo resultado teria sido, de acordo com os indícios que conduziram à abertura do inquérito, objeto de viciação. Em causa está um volume avultado de apostas desportivas através da plataforma Placard.

O número de apostas invulgar lançadas por uma só pessoa, com o mesmo NIF, despertou os alarmes dos sistemas de vigilância do setor. Ao todo, o mesmo apostador gastou cerca de 50 mil euros. O jogo, que o Feirense viria a ganhar por 2 a 1, chegou a ser suspenso no Placard, segundo nota publicada à data pela plataforma.

Também a Betclic e a Bet.pt acabaram por suspender as apostas.

Dois jogadores no processo de Boaventura

Cássio e Marcelo são figuras-chave no processo de corrupção de que é alvo César Boaventura, antigo empresário de futebol ligado ao Benfica, que é acusado de tentar corromper os então jogadores do Rio Ave para proveito do clube da Luz.

“Preciso que percas contra o Benfica”

A tentativa de corrupção de Cássio foi noticiada pela primeira vez pelo semanário Expresso a 13 de abril de 2019.

À data, o semanário contava que o antigo atleta do Rio Ave teria confirmado à Polícia Judiciária a abordagem do empresário, que atuaria em nome do Benfica.

À altura dos factos, vários elementos do plantel do Rio Ave tinham os telefones sob escuta, na sequência de uma suspeita de de viciação de resultados relacionada com apostas. Uma das conversas que chamou a atenção dos investigadores foi precisamente de Cássio com César Boaventura e que viria a ser revelada.

- "Cássio, estás sozinho? Precisava de te dar uma palavrinha, mas pessoalmente, porque os telemóveis nascem com ouvidos.

- Se isto é de Lisboa, nem vale a pena conversar. Não quero saber.
- Sim, por acaso uma parte até é, a outra não."

Cássio contou o sucedido a um amigo, mensagens que acabaram também por ser divulgadas:

- "Lembra aquilo que você me perguntou? Teve aqui um gajo que me tentou fazer o mesmo outra vez.
- É o mesmo da outra vez? Lá de Paços de Ferreira?
- Não, este é outro."

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