Criminalidade aumenta 30% em Ramalde entre janeiro e setembro deste ano
Porto Canal / Ana Mota
Os dados são do Comando Metropolitano da PSP do Porto e indicam que de janeiro a setembro de 2023 houve um aumento de 30% na criminalidade, na Freguesia de Ramalde, no Porto. Patrícia Rapazote, presidente da junta de freguesia, pede o aumento de efetivo na esquadra do Viso devido “ao clima de insegurança” e ao aumento “da pequena criminalidade”.
A situação agravou-se este ano com o aumento da criminalidade na região do Porto. Segundo o Comando Metropolitano da PSP do Porto o aumento de furtos na freguesia de Ramalde trouxe também um aumento de detenções que, face ao ano passado, aumentaram 700% de janeiro a setembro. Para Patrícia Rapazote a situação está relacionada com a movimentação dos consumidores de droga dentro da cidade e pela falta de policiamento nas ruas. “Existem várias queixas dos moradores e de pessoas que trabalham no município. Houve uma deslocação desta nova população e com ela veio também o aumento da pequena criminalidade nos vários epicentros que existem na freguesia. As pessoas têm receio de passar em alguns locais e há libertação de seringas no espaço público, o que é um problema a nível de saúde pública”, explica a presidente da junta de freguesia.
Desde novembro de 2021 que Patrícia Rapazote pede o reforço de efetivos na esquadra do Viso. A situação não só foi resolvida, como piorou naquela zona da cidade do Porto. “Esta sempre foi uma zona associada ao consumo e tráfico de estupefacientes, somos a segunda maior freguesia da cidade e não temos um policiamento efetivo porque raras são as vezes em que existe carro de patrulha”, conta a presidente eleita pelo Movimento de Rui Moreira.
Esta quarta-feira a independente vai reunir com o Comando Metropolitano da PSP onde irá expor “uma série de denúncias da população e das empresas” da freguesia de forma a que seja reforçado o policiamento na região.
Esta segunda-feira será apresentada uma moção pelo grupo municipal de Rui Moreira, na assembleia municipal agendada para às 21 horas. O documento, a que o Porto Canal teve acesso, refere uma “sensação de insegurança”, a que não tem correspondido “um aumento de efetivos policiais na cidade”. O movimento independente enumera aqueles que considera serem os maiores problemas de segurança na cidade e regressa a um dos temas que tem mantido no topo da atualidade ao longo do último mandato de Moreira à frente da Câmara Municipal do Porto.