Traficantes vendem à porta da sala de consumo assistido no Porto, acusam moradores

Traficantes vendem à porta da sala de consumo assistido no Porto, acusam moradores
| Porto
Porto Canal

A Associação de Moradores do Bairro Marechal Gomes da Costa (MGC) emitiu, esta segunda-feira, um comunicado onde “alerta para a degradação das condições de higiene e segurança que se verificam, e que se têm vindo a agravar, junto à Sala de Consumo Assistido do Porto”.

“O tráfico de droga reinstalou-se. Há vendedores mesmo em frente à sala, que abordam viaturas e passantes com à vontade total, invadindo mesmo a faixa de circulação da rua 25 de Julho”, conta a associação de moradores.

Na nota a que o Porto Canal teve acesso, a associação descreve que tem inúmeros relatos “relativamente às condições degradantes de toxicodependentes que se amontoam no chão e em tendas improvisadas no terraço de acesso às instalações”. A associação destaca que “há mesmo num recanto do passeio adjacente à Sala um “local de consumo não vigiado” criado com guarda-sóis ou tendas”.

Os moradores mais próximos da Sala de Consumo Assistido do Porto mostram-se preocupados e consideram que esta situação é “mesmo assustadora para as crianças que frequentam as escolas da vizinhança e para muitos turistas que após visita a Serralves se dirigem a pé para a marginal do rio Douro e para a Foz”.

Perante esta realidade, a associação de moradores do Bairro MGC pede aos deputados presentes na Assembleia Municipal que se realiza esta segunda-feira que “esqueçam lógicas partidárias que se demonstram ineficazes e que proponham e façam aprovar a legislação que nos defenda”.

Entre várias questões, os moradores do Bairro MGC colocam em cima da mesa como é que foi possível a aprovação da nova lei da droga que entrou em vigor no passado dia 1 de outubro e questionam a falta de policiamento e de meios.
A Associação de Moradores do Bairro MGC pede ao presidente da Câmara Municipal do Porto e ao restante executivo Camarário que estabeleçam medidas “na tentativa de erradicar o tráfico e de combater os problemas associados à toxicodependência e à delinquência associada a esse fenómeno”.

“Peço que seja feita a necessária e prometida avaliação da eficácia da Sala de Consumo Assistido”, pode ler-se no comunicado a que o Porto Canal teve acesso.

De recordar que, no passado dia 1 de outubro, entrou em vigor a nova lei da droga que descriminaliza as drogas sintéticas e faz uma nova distinção entre o tráfico e o consumo dessas novas substâncias, determinando as contraordenações com referência às doses diárias.

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