Notícia Porto Canal. PSP recua na Pasteleira e acompanha novas zonas de criminalidade no Porto
João Gomes
A Polícia de Segurança Pública interrompeu o policiamento permanente na zona da Pasteleira e do bairro Doutor Nuno Pinheiro Torres, no Porto, que tinha arrancado no início do ano, na sequência do aumento da criminalidade associada ao tráfico de droga. Ao Porto Canal, fonte da PSP garantiu que as autoridades vão “acompanhando o fenómeno da criminalidade conforme este se desloca” para novas geografias da cidade.
O tema esteve no topo da atualidade no início de 2023: o aumento da criminalidade associado ao consumo e tráfico de droga na zona da Pasteleira e do bairro Doutor Nuno Pinheiro Torres, no Porto, levou Rui Moreira a exigir ao governo um reforço do policiamento e um incremento dos meios empenhados pela PSP na vigilância local. A polícia reagiu às exigências do autarca portuense com um aumento do efetivo: entre janeiro e abril, o número de agentes envolvidos no policiamento da zona passou de 1021 para 2480, segundo documentos a que o Porto Canal teve acesso.
Parte do aumento explica-se com a decisão de garantir o policiamento contínuo daquela zona, que passou a contar com vigilância policial ao longo das 24 horas do dia. Desde abril, porém, a PSP reduziu o policiamento para 12 horas diárias. A alteração teve um impacto significativo no número de agentes empenhados na operação: de 2480, em Abril, o efetivo passou para 1222 em junho.
Questionada sobre a decisão, fonte da PSP garantiu ao Porto Canal que a polícia “vai acompanhando o fenómeno conforme ele se desloca” para novas geografias da cidade. Após a redução do efetivo na zona da Pasteleira e do bairro Doutor Nuno Pinheiro Torres, a PSP “aumentou o policiamento na Sé e no bairro do Cerco”, considerados novos centros da criminalidade associada ao tráfico de droga, garante fonte da polícia.
O tema da segurança está na agenda da autarquia portuense. Para esta segunda-feira, a Assembleia Municipal do Porto tem agendada uma sessão extraordinária com o objetivo de discutir “a segurança na cidade do Porto.”