Rei de Espanha volta a ouvir partidos na próxima semana

Rei de Espanha volta a ouvir partidos na próxima semana
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Porto Canal / Agências

O Rei de Espanha ouvirá na próxima semana os partidos que conseguiram representação parlamentar nas eleições de 23 de julho, depois da rejeição, pelo plenário dos deputados, da candidatura a primeiro-ministro do líder do Partido Popular (PP).

Felipe VI disse, num comunicado, que decidiu fazer "novas consultas" com os representantes dos partidos nos próximos dias 2 e 3 de outubro (segunda e terça-feira).

O presidente do PP (direita), Alberto Núñez Feijóo, viu 'chumbada' definitivamente pelo parlamento a sua candidatura a primeiro-ministro.

O PP foi o partido mais votado nas eleições de 23 de julho e o Rei Felipe VI indicou, em agosto, Alberto Núñez Feijóo, o líder dos populares, como candidato a primeiro-ministro, mas a investidura foi rejeitada pelos deputados.

Com o 'chumbo' do parlamento a Feijóo, começou a contar um prazo de dois meses, que termina em 27 de novembro, para o Congresso dos Deputados eleger um novo chefe de Governo e não haver repetição das eleições.

Depois da nova ronda de audições com os partidos, na próxima semana, Felipe VI indicará um novo candidato a liderar o Governo, para ser votado pelo parlamento.

O novo candidato será, previsivelmente, o líder do Partido Socialista (PSOE), Pedro Sánchez, que já disse estar disponível e que acredita ter condições para reunir os apoios necessários no parlamento para ser reconduzido no cargo de primeiro-ministro.

Sánchez diz que já demonstrou isso mesmo em 17 de agosto, quando os socialistas conseguiram ficar com a presidência do parlamento graças ao apoio dos partidos de esquerda e das forças nacionalistas e independentistas da Catalunha, Galiza e País Basco.

O líder do PSOE disse na quinta-feira que haverá novo governo de esquerda em Espanha "dentro de pouco tempo".

Já os dirigentes do Partido Nacionalista Basco (PNV, na sigla em espanhol) e da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), essenciais para a viabilização do governo de Sánchez, disseram que tudo está "muito em aberto", que não descartam "em absoluto a repetição das eleições" e que "nada está fechado" com o PSOE.

Os independentistas pedem a Sánchez uma amnistia para os envolvidos na declaração unilateral de independência da Catalunha em 2017 e negociações sobre um referendo de autodeterminação na região.

Se a candidatura de Sánchez também falhar, as Cortes espanholas (Senado e Congresso dos Deputados) formadas na sequência das eleições de 23 de julho serão dissolvidas automaticamente em 27 de novembro e haverá novas legislativas 47 dias mais tarde, ou seja, em 14 de janeiro de 2024.

Espanha já repetiu eleições duas vezes, em 2016 e 2019, por nenhum candidato a primeiro-ministro ter sido aprovado pelo parlamento.

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