Nova rede de autocarros da AMP com atrasos. Arranque pode acontecer apenas em dezembro
Porto Canal / Agências
A Unir, a nova rede de autocarros da Área Metropolitana do Porto (AMP), vai arrancar um mês depois do previsto, passando a data prevista para 01 de dezembro, por causa de “algumas dificuldades” com a entrega dos veículos.
A explicação para aquele atraso foi esta segunda-feira dada pela primeira-secretária da Comissão Executiva Metropolitana, Ariana Pinho, durante a reunião do Conselho Metropolitano, depois de confrontada com notícias que davam conta que a nova rede não iria arrancar a 01 de novembro, como estava estipulado.
“Nós estamos a verificar nas várias reuniões que temos tido com os operadores uma elevada dificuldade quer na entrega dos autocarros, que está sobejamente atrasada. Não há nenhum operador que tenha 100% da frota disponível. O momento também seria a 01 de novembro, mas nós já prevemos que essa situação não vai ocorrer”, começou por explicar Ariana Pinho.
Segundo a responsável, além das dificuldades sentidas pelos operadores, há outras “circunstâncias que não são favoráveis” ao arranque da Unir a 01 de novembro, havendo “um conjunto de fatores que vêm criar entropias” ao inicio da operação
“Por uma questão de segurança começámos a ponderar o adiamento da operação. Até porque nós teríamos a 01 de novembro três lotes a conseguir avançar, não nas circunstâncias ideais (…), mas por uma questão até de equilíbrio entendemos que o ideal seria adiar um mês a operação”, finalizou.
A nova data apontada para o arranque da Unir é 01 de dezembro.
Na edição de hoje, o Jornal de Notícias cita o chefe da divisão de Planeamento e Gestão da Mobilidade da AMP, Jorge Barbeiro, que afirmou numa cerimónia na Póvoa de Varzim que “há lotes que estão mais avançados do que outros” e dá conta da possibilidade de adiar o arranque do funcionamento da Unir.
A notícia daquele diário criou desconforto entre os presidentes das autarquias da AMP, com o presidente da Câmara Municipal de Gondomar a mostrar descontentamento por saber “pelos jornais” que o arranque do Unir iria ser adiado.
“Não era assim que devíamos saber. Não é pelos jornais que devíamos ficar a saber deste adiamento de um mês numa matéria que é tão importante e que mexe tanto com a vida dos nossos municipies", defendeu Marco Martins.
A nova rede metropolitana de autocarros operará em todos os concelhos da AMP, com exceção do Porto (tirando no início e fim de linhas), onde a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) detém a exclusividade da operação dentro do município.
A nova rede de mais de 430 linhas substituirá os atuais operadores privados nos 17 concelhos da AMP, acaba com um modelo de concessões linha a linha herdado de 1948, incorpora o sistema Andante e os autocarros terão uma imagem comum em todo o território, sendo sobretudo azuis, pretos e brancos.