Custo das obras para a construção da linha Rubi do Metro do Porto subiu cerca de 50% para 450 milhões de euros

Custo das obras para a construção da linha Rubi do Metro do Porto subiu cerca de 50% para 450 milhões de euros
Pedro Benjamim | Porto Canal
| Porto
Porto Canal/Agências

O custo das obras para a construção da linha Rubi do Metro do Porto subiu cerca de 50% para 450 milhões de euros, face aos 299 milhões inicialmente previstos, disse esta sexta-feira o presidente da transportadora.

"Estaremos a falar de uma empreitada, em números redondos, que rondará os 450 milhões de euros, tudo. O processo 'chave na mão', sem material circulante", disse aos jornalistas Tiago Braga, numa visita às obras da linha Rosa do metro, junto ao Hospital de Santo António, no Porto, onde anunciou também que o concurso público desta empreitada que ligará Santo Ovídio - Casa da Música será lançado na próxima semana.

Acompanhado pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e pelo secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, o presidente da Metro disse que, face à previsão inicial de 299 milhões de euros totalmente financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), foi necessário incorporar o mecanismo de revisão de preços, previsto face ao contexto atual de inflação.

"Os tais 30%, só isso são 100 milhões de euros. Estamos também a incorporar medidas que estavam previstas na própria DIA [Declaração de Impacte Ambiental]", algo que também "terá um sobrecusto" face ao inicialmente previsto, reconheceu Tiago Braga.

Sobre quem pagará o sobrecusto da empreitada, o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, não apontou uma solução imediata, mas disse que avaliará "quais são as melhores condições para esses financiamentos: se é o PRR, se são empréstimos bonificados, se é valor do Fundo Ambiental ou do Orçamento do Estado".

"Não nos passa pela cabeça que projetos com esta importância e com este impacto não sejam concluídos no tempo em que estão previstos e nós não procuraremos, obviamente, ajustar aos seus orçamentos aquilo que são, como aqui foi dito, impactos normais e naturais", disse Duarte Cordeiro aos jornalistas.

O governante garantiu, no entanto, que os mecanismos para pagar os sobrecustos "estão assegurados, e há condições para que as obras todas se concretizem".

Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música, estando prevista a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro.

No dia 14 de março, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) deu parecer favorável condicionado ao avanço da Linha Rubi, de acordo com a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) consultada pela Lusa.

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da Linha Rubi foi colocado em consulta pública no dia 12 de outubro do ano passado, estimando-se então que a construção da linha levará dois anos e 10 meses e implicando demolições de edifícios em Gaia.

O EIA admite também que a nova ponte sobre o rio Douro causa um "impacto negativo bastante significativo" na paisagem e, "sobretudo, cenicamente", apesar de estarem previstas medidas de mitigação projetadas pelo arquiteto Álvaro Siza.

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