Há nove opções para novo aeroporto de Lisboa
Porto Canal / Agências
A comissão técnica que está a estudar a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa anunciou nove opções possíveis para o novo aeroporto, que incluem as cinco definidas pelo Governo mais Portela+Alcochete, Portela+Pegões, Rio Frio+Poceirão e Pegões.
A lista de opções que passam às fases seguintes foi anunciada esta quinta-feira pela coordenadora-geral da Comissão Técnica Independente (CTI), Rosário Partidário, numa apresentação que está a decorrer, em Lisboa, sobre os resultados das atividades desenvolvidas na primeira fase da Avaliação Ambiental Estratégica sobre o aumento da capacidade aeroportuária para a região de Lisboa.
Rosário Partidário explicou que às cinco opções avançadas pelo Governo - Portela+Montijo; Montijo+Portela; Alcochete; Portela +Santarém; Santarém - foram adicionadas as opções: Portela+Alcochete; Pegões; Portela+Pegões; e Rio Frio+Poceirão, totalizando sete localizações e nove opções estratégicas.
De acordo com Rosário partidário, foram adotados 10 critérios de viabilidade técnico-científicos para a seleção final das opções, designadamente:
1. A proximidade (distância ao centro de Lisboa) tendo em conta a média europeia de 22 kms
2. Infraestrutura rodo e ferroviária existente ou planeada (sim/não)
3. A aérea de expansão (mínimo 1000 hectares)
4. Capacidade de movimentos/hora
5. Conflitos com o espaço aéreo militar (sim / não / resolúvel)
6. Riscos naturais (inundáveis / Sísmicos) (maior / menor)
7. População afetada (ruído), com base numa estimativa, número de residentes nos corner de aproximação
8. Áreas naturais e corredores migratórios (avifauna) (hectares de Zonas de Proteção Especial)
9. Importância estratégica para a Força Aérea (sim/não)
10. Existência de Estudo de Impacto Ambiental e Declaração de Impacto Ambiental (Sim/Não)
Já em novembro, aquando da conferência “Novo aeroporto, tempo de decidir”, os autarcas do Porto e Lisboa defenderam Portela como localização para o aeroporto secundário, rejeitando a hipótese de Santarém. Rui Moreira e Carlos Moedas defenderam que deve existir um reforço da capacidade aeroportuária na capital com a construção de um novo aeroporto principal, ficando, assim, o Humberto Delgado como aeroporto secundário.