Porto vai receber rede de bibliotecas temáticas 

Porto vai receber rede de bibliotecas temáticas 
| Porto
Porto Canal /Agências

O projeto Biblioteca Errante visa implementar uma rede de bibliotecas temáticas em vários núcleos da cidade do Porto, enquanto decorrem as obras de reabilitação da biblioteca municipal, que arrancam em janeiro de 2024 e que decorrem durante quatro anos.


“Este é um projeto que nasce para a cidade”, afirmou esta quinta-feira, durante a apresentação do projeto, o diretor do Museu e das Bibliotecas do Porto, Jorge Sobrado.

A partir desta quinta-feira e durante os próximos dois anos, a cidade passa a contar com a Biblioteca Errante, projeto que surge em resposta ao encerramento para obras de requalificação e expansão da Biblioteca Municipal do Porto e que consiste numa rede de bibliotecas.

Esta rede de bibliotecas “temáticas, permanentes ou móveis” pretende valorizar os espaços que integram o Museu do Porto, esclareceu Jorge Sobrado.

“Esperamos ter 15 núcleos da Biblioteca Errante até ao final de 2023”, adiantou o diretor, esclarecendo que a Biblioteca Almeida Garrett será o espaço “central” deste projeto.

O projeto passará por espaços como a Biblioteca Pedro Ivo - que deverá abrir ao público em meados de junho -, a Casa Marta Ortigão Sampaio, Museu Guerra Junqueiro, Museu do Vinho do Porto e o Reservatório.

“Convocaremos os nossos museus para pequenas bibliotecas temáticas”, esclareceu Jorge Sobrado durante a sessão, onde foram também assinalados os 78 anos do Cineclube do Porto com a apresentação pública da Biblioteca de Cinema e a Biblioteca de Assuntos Portuenses, já a funcionar na Casa do Infante.

Também na apresentação, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, destacou que, mediante a adesão ao projeto, o mesmo poderá não terminar aquando da reabertura da Biblioteca Municipal do Porto.

“Podemos manter este projeto”, referiu, notando que o encerramento da biblioteca é “um enorme desafio”.

Em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação, Rui Moreira adiantou que a Direção-Geral Património Cultural (DGPC) “já deu parecer favorável” ao projeto do arquiteto Eduardo Souto Moura para a Biblioteca Municipal.

“Com os pareceres que temos estamos em condições de lançar concurso de especialidades”, disse, admitindo ser “arriscado” dizer que a obra de requalificação arranca este ano “atendendo à contratação pública”.

“Durante o próximo [ano] seguramente vamos arrancar com a obra”, afirmou.

Questionado sobre os custos da obra, Rui Moreira admitiu “não querer antecipar” valores, mas assegurou que o valor vai subir de “certeza absoluta”, face ao aumento dos custos da construção.

A Biblioteca Municipal do Porto vai ser alvo de obras de requalificação e expansão, estando, neste momento, o acervo da biblioteca a ser deslocalizado para dois armazéns que a autarquia alugou na freguesia de Campanhã.

Estima-se que o processo de deslocalização dos bens se prolongue por cerca de nove meses.

O projeto de requalificação e ampliação da Biblioteca Pública Municipal do Porto, assinado pelo arquiteto Eduardo Souto Moura e com um custo estimado de 17 milhões de euros, vai permitir triplicar a capacidade de depósito.

O avanço do projeto esteve condicionado cerca de nove meses, devido à decisão do Tribunal de Contas, que considerava existirem "direitos de autor" passados e defendia o lançamento de um concurso público, por oposição a um ajuste direto.

O projeto prevê a construção de "uma torre", que aproveitará o espaço em altura, uma ampliação para as traseiras do edifício principal, voltado para o Jardim de São Lázaro, e a demolição e construção de algum edificado que, no passado, foi acrescentado nas traseiras da biblioteca, explicou o arquiteto, em junho de 2021, na apresentação do projeto à vereação.

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