Assembleia Municipal autoriza arrendamento de dois armazéns para depositar bens da Biblioteca Pública Municipal do Porto

Assembleia Municipal autoriza arrendamento de dois armazéns para depositar bens da Biblioteca Pública Municipal do Porto
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Porto Canal

A Assembleia Municipal do Porto aprovou por unanimidade a celebração de dois contratos para o aluguer de dois armazéns em Campanhã para depositar os bens da Biblioteca Pública Municipal do Porto durante as obras de expansão e requalificação.

De acordo com a proposta, levada a reunião de executivo pelo presidente da Câmara e que o Porto Canal consultou, a Biblioteca Pública Municipal do Porto “será alvo de um processo de expensão e requalificação, com início de obra previsto para janeiro de 2024 e pelo período estimado de quatro anos”.

Para depositar os bens da biblioteca, uma vez que “o Município do Porto não dispõe de imóveis que reúnam as condições físicas necessárias”, foi proposto a celebração de dois contratos pelo prazo de quatro anos com “dois armazéns/pavilhões na Rua de Justino Teixeira, 343, 347 e 423, na freguesia de Campanhã”, pode ler-se na proposta aprovada por unanimidade na reunião privada do Executivo municipal a 27 de fevereiro, e agora também aprovada por unanimidade na reunião de assembleia desta segunda-feira.

Susana Constante Pereira, líder do grupo municipal do Bloco de Esquerda, sublinhou “com agrado” que tenha sido garantido que as obras da Biblioteca Pública Municipal serão afastadas no tempo das obras da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, não estando as duas bibliotecas encerradas ao mesmo tempo; e ainda que seja criada no Porto, no contexto destas obras, uma experiência de bibliotecas errantes.

Já José Manuel Varela, membro da bancada da CDU, congratulou o anúncio de que “finalmente vão avançar as obras de requalificação da Biblioteca, uma obra que há décadas era esperada” referindo o “edifício já muito degradado que deixava muito a desejar”.

O comunista questionou ainda sobre as alternativas ao funcionamento da biblioteca durante o período de obras de quatro anos, cujo acervo bibliográfico é importante para vários investigadores, que não podem deixar de aceder a estes documentos. A mesma questão de logística da consulta dos documentos da biblioteca foi questionada pelo Partido Social Democrata.

O grupo da CDU, assim como o grupo do Bloco de Esquerda, levantou ainda a questão da Biblioteca Popular Pedro Ivo, localizada na Praça do Marquês de Pombal, que não se encontra ativa e que se encontra “a degradar”.

Agostinho de Sousa Pinto, líder do grupo municipal do Partido Socialista, valorizou a intervenção feita na biblioteca, que considerou ser “um dos edifícios que dignifica esta cidade”.

Filipe Araújo, vice-presidente da câmara, afirmou que os problemas levantados sobre como seria possível consultar o espólio da biblioteca durante as obras de requalificação serão respondidos com o programa das bibliotecas errantes, onde o município está a trabalhar com as juntas de freguesia.

Os contratos de arrendamento dos dois armazéns terão o prazo de 4 anos e com a possibilidade de renovação por períodos consecutivos de um ano. Os valores anuais das rendas dos dois armazéns ascendem a 216 mil euros.

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