Obras no prédio onde mataram Gisberta deveriam ter acabado em 2022, mas ainda não começaram
Leonor Hemsworth
Em 2019, e após décadas de abandono, soube-se que o edifício onde Gisberta foi brutalmente assassinada iria dar lugar ao Edifício Pacífico, um projeto alvo de um investimento de 97 milhões de euros e que incluiria novos espaços comerciais, serviços, residências e um hotel de 231 quartos.
De acordo com as previsões, o projeto estaria concluído no terceiro trimestre de 2022. No entanto, passado o prazo estipulado, o Porto Canal foi ao local e deparou-se com um edifício aparentemente abandonado, devoluto e sem quaisquer sinais de intervenção e reconstrução urbana.
Contactado pelo Porto Canal, o grupo Azevedo’s, detentor da Lucios Real Estate que é o responsável pela exploração do espaço, disse não poder adiantar mais informações sobre o projeto, de momento. No entanto, a curto prazo esperam “poder dar alguma informação adicional”.
Rua em homenagem a Gisberta: qual o ponto de situação?
Depois de várias tentativas, em março de 2022, a comissão de toponímia da Câmara Municipal do Porto aprovou, com sete votos a favor e seis contra, o nome de Gisberta Salce Júnior para integrar a bolsa de nomes que futuramente podem ser atribuídos às ruas do Porto.
Quase um ano depois, o Porto Canal questionou a comissão relativamente a este assunto. A Presidente Isabel Ponce de Leão referiu apenas que “este é um nome e temos de aguardar, tal como os restantes. Está em paridade. Sempre que há ruas novas vão à bolsa. Por norma, tentam que, neste caso, o nome da pessoa se adeque à rua. Mas vai ter de se aguardar”.