CCDR-N diz que contaminação dos terrenos da antiga refinaria em Matosinhos está a ser avaliada

| Norte
Porto Canal / Agências

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte disse estarem a ser feitas medições e análises “com mais ou menos detalhe” sobre o nível de contaminação do terreno da antiga refinaria da Galp, em Matosinhos.

“Nós estamos a trabalhar há muito tempo nesse assunto e estão a ser feitas medições, estão a ser feitas análises com mais ou menos detalhe sobre o nível de contaminação desse terreno”, afirmou António Cunha, no final da celebração do protocolo de cooperação entre a CCDR-Norte e o Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA) para a neutralidade carbónica onde marcou presença o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, que saiu sem falar aos jornalistas.

A parcela do terreno da antiga refinaria da Galp em Matosinhos, no distrito do Porto, que a empresa pretende ceder à câmara para a Cidade da Inovação tem os solos e as águas subterrâneas contaminadas, revelou na quinta-feira à Lusa a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Dessa forma, a APA adiantou que a análise de risco efetuada pela Petrogal para o terreno sito entre a refinaria, encerrada em 2021, e a rua António da Silva Cruz, em Leça da Palmeira, determinou a existência de “risco inaceitável para os futuros utilizadores da parcela (considerando uma eventual utilização residencial ou industrial da mesma), situação a ultrapassar com medidas de gestão de risco adequadas”, salientou.

Nesse mesmo dia, a Galp referiu que era “expectável” que os terrenos onde funcionou a refinaria tenham de ser “objeto de remediação”.

Usando o mesmo termo, António Cunha considerou que esta conclusão da APA era expectável, entendendo que é agora necessário perceber qual o grau de contaminação para saber quais as medidas de remediação que será preciso adotar.

O presidente da CCDR-Norte ressalvou ainda que quem terá de fazer a descontaminação dos solos será o promotor, ou seja, a Galp para, posteriormente, poder usar aquele terreno.

Também na quinta-feira questionada pela Lusa, a Câmara Municipal de Matosinhos assumiu que nesta fase a discussão é entre a APA e a Galp.

“A Câmara Municipal de Matosinhos apenas aceitará o terreno, aplicando nessa parcela o investimento disponível do Fundo para uma Transição Justa, após a garantia de que os riscos estão devidamente salvaguardados”, garantiu.

Em abril de 2022, a autarca salientou, em reunião de câmara, que dos cerca de 260 hectares que ocupava a refinaria, a Galp cedeu 40 à autarquia para aí desenvolver projetos de utilidade pública e aplicar as verbas do Fundo para Uma Transição Justa.

Na ocasião, Luísa Salgueiro ressalvou que a área cedida pela Galp se localiza no topo norte e que, à partida, não precisaria de ser descontaminada porque não tinha equipamentos, nem atividade.

Nessa parcela, a autarquia pretende construir uma cidade da inovação ligada às “energias do futuro", no âmbito de um protocolo de cooperação entre a Galp e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

A cidade da inovação pretende potenciar "um ecossistema urbano, social e ambientalmente sustentável, incluindo comércio e serviços, hotelaria, restauração, indústria 5.0, habitação, equipamentos culturais e de lazer, com destaque para um ‘Green Park’ [parque verde]".

+ notícias: Norte

As imagens do carro que se despistou durante fuga policial em Matosinhos

Um jovem de 24 anos foi detido pela Divisão de Trânsito da PSP do Porto, na manhã desta sexta-feira, em Matosinhos, após uma perseguição policial, avançou o Correio da Manhã. O jovem ao perceber a presença dos agentes da polícia, fugiu a alta velocidade, adotando uma condução perigosa.

Detido suspeito de esfaquear duas pessoas numa estação de metro em Gaia

A Polícia Judiciária deteve esta sexta-feira, um homem de 22 anos suspeito da agredir duas pessoas em General Torres, na passada quarta-feira, tal como avançou o Porto Canal.

Nova ponte em Paços de Ferreira já tem data de abertura à circulação

Paços de Ferreira, no distrito do Porto, vai abrir à circulação rodoviária, no dia 25 de abril, o novo viaduto sobre o rio Carvalhosa, uma obra que custou cerca de 1,66 milhões de euros, segundo a autarquia local.