Companhia de Teatro do Porto, excluída do apoio da DGArtes, anuncia suspensão de atividade

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Seiva Trupe, a emblemática companhia de teatro, fundada em 1973 na cidade do Porto, não foi incluída nos resultados provisórios dos apoios sustentados no teatro, revelados na segunda-feira pela Direcção-Geral das Artes (DGArtes).

Em comunicado, a direção da cooperativa confessou-se surpreendida e revoltada com a decisão, avançando que a mesma foi tomada não obstante o facto de “ter atingido a pontuação necessária à sua elegibilidade, mas em que a verba alocada à DGArtes para este fim ser considerada insuficiente”.

“Tendo, por diversas vezes, a presente Direcção Artística da Estrutura manifestado o seu desacordo pela avaliação das candidaturas ser feita por um Júri Ad-Hoc, julga que a sua situação, como a de outras Estruturas idênticas, confirma, uma vez mais, a necessidade de serem retomados os Contratos-Programa com elas”, acrescenta a companhia.

No final do comunicado, a Seiva Trupe anuncia que irá suspender a atividade a 1 de Janeiro de 2023, dedicando os próximos dias a uma análise sobre os “modos de reverter a situação de molde a evitar o seu fim, desde logo recorrendo à figura do Requerimento Hierárquico junto do Senhor Ministro da Cultura”.

Recorde-se que também a Filandorra, companhia de teatro que desenvolve na região de Trás-os-Montes e Alto Douro um projeto inovador de descentralização teatral, se declarou em "estado de choque" ao tomar conhecimento da exclusão de apoio da DGArtes

De acordo com números avançados pela entidade, as 71 entidades propostas a apoio, 48 na modalidade quadrienal e 23 na modalidade bienal, representam 70% das candidaturas admitidas e que obtiveram avaliação positiva no mais recente concurso, o último dos seis que foram lançados no âmbito do Programa de Apoio Sustentado 2023/26.

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