Marcelo sobre a saída de cena de Temido: "Não sou analista político"
Porto Canal
O Presidente da República foi questionado, na Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide, sobre a notícia do momento, a saída da agora ex-ministra da Saúde. Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar a demissão de Marta Temido sustentando que “não é analista político”.
“Não vou comentar o caso concreto. Aguardo a proposta de exoneração e a proposta correspondente de nomeação de substituto. Não sou analista político”, respondeu.
O chefe de Estado foi ainda questionado sobre o perfil de quem vai substituir a ministra e deixou claro que vai esperar pelos esclarecimentos sobre as dúvidas que levantou quando deu luz verde ao estatuto do Serviço Nacional de Saúde mas, desde já, diz que o sucessor de Marta Temido não pode ser alguém que esteja preso à ideologia na nova gestão do serviço público de saúde.
"A resposta a esta questão não é meramente ideológica, é largamente organizativa e funcional. Ao promulgar o diploma sobre o Serviço Nacional de Saúde não escondi que vejo lá questões que espero ver mais claramente esclarecidas na sua regulamentação em dois domínios: o esquema de gestão de cúpula e o esquema da descentralização com a transferência das Administrações Regional de Saúde com a concentração do poder de gestão na direção executiva", explicou Marcelo.
O Presidente da República lembrou também que gostava de uma gestão do SNS com uma maior independência política.
"Tenho uma preferência sobre a forma gestão do SNS para uma forma mais autónoma e independente do Ministério da Saúde, uma vez que a forma clássica demonstrou limites na sua eficácia. Vou esperar pela regulamentação para ver o que isso significa e se é fazível", referiu Marcelo Rebelo de Sousa.