Aeroporto de Faro muda de nome em homenagem a Gago Coutinho, mas TAP continua a milhas
Porto Canal
Na passada quarta-feira foi aprovada em Conselho de Ministros a mudança do nome do Aeroporto Internacional de Faro para Aeroporto 'Gago Coutinho.’
Com esta alteração, o Governo pretende prestar “homenagem ao almirante Gago Coutinho, natural de São Brás de Alportel, no distrito de Faro, quando se assinala o centenário da primeira travessia aérea do Atlântico Sul, uma das maiores proezas da história da navegação aérea”, disse o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, André Moz Caldas, em conferência de imprensa.
Apesar da mudança de nome do aeroporto, o desinvestimento da TAP no Algarve continua a suscitar críticas na região por não prestar serviço público naquela que é considerada a capital não oficial do turismo em Portugal.
Segundo os dados mais recentes da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), no último trimestre de 2021 a companhia de bandeira nacional, que a 21 de dezembro viu ser aprovada por Bruxelas uma ajuda de Estado de 3,2 mil milhões de euros, tinha uma quota de mercado residual de 5% em Faro, no que concerne ao transporte de passageiros. No caso do número de movimentos em pista, o valor é ligeiramente superior, mas ainda assim pouco expressivo: 6%.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o alojamento turístico no Algarve registou 2,4 milhões de hóspedes e 6 milhões de dormidas em abril, ultrapassando os níveis pré-pandemia, de 2019.
Atualmente, a presença da TAP na principal região turística de Portugal resume-me a uma ligação a Lisboa, onde a companhia aérea do Estado tem procurado concentrar toda a sua operação, numa estratégia também conhecida por “hub.” Em resposta às críticas, a administração da TAP tem defendido a opção, assegurando que a concentração em Lisboa é o único caminho que garante a sustentabilidade económico-financeira da empresa.