Alguns serviços podem manter cortes em Junho mas em Julho haverá acertos
Porto Canal / Agências
Lisboa, 05 jun (Lusa) - A ministra das Finanças afirmou hoje que poderá haver serviços públicos que em junho ainda processem as remunerações dos trabalhadores com cortes, mas prometeu que nesses casos haverá depois acertos em julho.
"Poderá haver situações de serviços públicos que no mês de junho irão já processar as remunerações sem cortes, haverá outros que irão processar as remunerações com cortes", declarou a ministra de Estado e das Finanças, em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, referindo-se à reposição dos cortes salariais declarados inconstitucionais pelo Tribunal Constitucional no dia 30 de maio.
"No mês de julho, proceder-se-á aos acertos que tiverem de ser processados - quer no caso em que tenham sido processados com cortes que seja necessário repor, quer, se eventualmente a decisão de que sobre o subsídio de férias deveriam incidir cortes, far-se-á um acerto de sentido contrário", acrescentou.
De acordo com Maria Luís Albuquerque, "o que poderá impedir o pagamento a toda a gente já em junho das remunerações sem cortes são questões meramente operacionais, e não mais do que isso".
"São processos complexos, e em alguns casos, simplesmente, não há tempo útil. Não podemos correr o risco de chegar ao dia 20 e as pessoas não receberem o salário", justificou a ministra, que antes tinha assinalado que, "em matéria de orçamento, uma grande parte dos serviços públicos tem de, no mês anterior, apresentar à Direção Geral do Orçamento um pedido que se chama de fundos disponíveis".
"Face àquilo que é sua previsão de despesa, pede à Direção Geral do Orçamento que disponibilize o montante suficiente para fazer os pagamentos. Quando esses pedidos foram feitos não era conhecida a decisão do Tribunal Constitucional. Há, assim, um conjunto grande, não sabemos exatamente quanto, mas haverá muitos que não dispõem de fundos disponíveis suficientes para fazer a reposição no imediato. Além disso, em muitos casos há que fazer adaptações aos sistemas informáticos", referiu.
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