Covid-19: Vice-presidente do Brasil diz que tomará vacina

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Brasília, 11 jan 2021 (Lusa) -- O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, afirmou hoje que tomará a vacina contra a covid-19, após ter contraído a doença, posição contrária à do Presidente, Jair Bolsonaro, que tem recusado a imunização por já ter estado infetado.

Mourão, que hoje regressou ao trabalho após 12 dias de isolamento devido à covid-19, tendo sofrido sintomas ligeiros, foi questionado pelos jornalistas se tomará algum imunizante contra o novo coronavírus. O governante declarou que sim, mas que não passará à frente na fila de vacinação.

"Dentro da minha vez. Eu sou o grupo 2, aí, de acordo com o planeamento. Não vou furar a fila, a não ser que seja propagandístico", afirmou Mourão.

O vice-presidente brasileiro mostra assim uma posição oposta à do Presidente do país, Jair Bolsonaro, que declarou publicamente, mais que uma vez, que não tomará a vacina contra o novo coronavírus porque já teve a doença no ano passado e considera estar imunizado, embora existam casos relatados de reinfeção no país.

Mourão, porém, justificou a sua decisão de tomar a vacina mesmo já tendo sido infetado pelo novo coronavírus, SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, afirmando que a vacinação é uma obrigação coletiva.

"Acho que a vacina é para o país como um todo, uma questão coletiva, não é individual. O indivíduo, aqui, está subordinado ao coletivo neste caso", disse o vice-presidente brasileiro.

Apesar de mais de 50 países no mundo, incluindo vários da América Latina, como Argentina, Chile, México e Costa Rica, já terem iniciado campanhas de vacinação contra o novo coronavírus, o Brasil ainda não definiu uma data para o arranque da imunização da população.

Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador do país, só recebeu na última sexta-feira dois pedidos de uso de emergência da vacina chinesa Coronavac e a do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford.

O Governo brasileiro já elaborou um plano de vacinação que pode começar, na melhor das hipóteses no dia 20 de janeiro, segundo explicou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na semana passada.

O Brasil registou 469 novas mortes por covid-19 nas no domingo, totalizando 203,1 mil óbitos, informou o Ministério da Saúde.

Segundo o último boletim do Governo brasileiro, o país, um dos mais afetados no mundo pela crise sanitária do novo coronavírus, também registou 29.792 novas infeções e já acumula 8.105.790 casos da doença desde 26 de fevereiro.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.934.693 mortos resultantes de mais de 90,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

CYR // JH

Lusa/Fim

+ notícias: Mundo

Mais de 60 detidos em novos protestos na Geórgia contra lei de agentes estrangeiros

Pelo menos 63 pessoas foram detidas na noite passada em Tbilissi, na Geórgia, em mais uma jornada de protestos contra a chamada “lei dos agentes estrangeiros”, que durou quase seis horas e em que ficaram feridos seis polícias.

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.