Covid-19: Grávidas recebem máscaras sujas feitas de tecido enviadas pelo Governo japonês

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Porto Canal com Lusa

Tóquio, 19 abr 2020 (Lusa) -- Centenas de mulheres grávidas japonesas queixaram-se este fim de semana de terem recebido máscaras de proteção sujas enviadas pelo Governo na sequência da medida do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, de reutilizar vestuário antigo para produzir máscaras de proteção.

O ministro da Saúde disse que recebeu pelo menos 1.900 casos de problemas de máscaras que foram enviadas com manchas, poeiras e outras contaminações, noticia a agência de notícias Associated Press (AP).

Estas peças estavam entre o milhão de máscaras que o Governo japonês começou a enviar a mulheres grávidas na semana passada de forma prioritária.

A promessa do primeiro-ministro japonês de enviar duas máscaras reutilizáveis de pano para cada lar do país de forma a travar a pandemia de covid-19 foi feita a 01 de abril e responde à falta de 'stock' de máscaras de proteção individual no país.

Este problema com as máscaras provocou novos constrangimentos para o Governo de Shinzo Abe, que tem sido muito criticado pela adoção de medidas para combater o novo coronavírus consideradas inadequadas e atrasadas.

As máscaras de pano também parecem ter um problema de tamanho, segundo a AP. 

Quando as máscaras chegaram aos centros de cuidados de idosos, vários programas de televisão mostraram alguns cuidadores a braços com a tarefa de caber dentro da máscara, por esta ser muito pequena para cobrir o nariz e a boca ao mesmo tempo.

O ministério disse que pediu aos fabricantes de máscaras para resolver o problema de contaminação dos tecidos, ao mesmo tempo em que pediu aos funcionários municipais que inspecionassem visualmente as máscaras antes de enviá-las.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 157 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 502 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

IÇO // ZO

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