Associação dos Homens do Mar pede inquérito a naufrágio nas Astúrias

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Porto Canal / Agências

Porto, 11 mar (Lusa) -- O presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar (APSHM) defendeu hoje que devia "rapidamente" ser feito um inquérito ao naufrágio de segunda-feira do navio pesqueiro português Santa Ana, próximo de Cabo Peñas (Astúrias, Espanha).

"Era muito importante, para que isto seja esclarecido e o mais rapidamente possível se saiba o que aconteceu, para que não haja dúvidas. Sei que leva o seu tempo, que é complicado, mas há outros barcos que passam ali", afirmou em declarações à Lusa José Festas, lembrando que a embarcação acidentada era associada da APSHM.

Para José Festas, "não se consegue perceber" o que esteve na origem do naufrágio em que morreram duas pessoas e seis ficaram desaparecidas, até porque "o barco entrava e saía muitas vezes por aquela zona".

José Festas revelou ainda que uma das vítimas mortais do acidente, o mestre de leme Francisco Rodrigues, de 63 anos, de Leça da Palmeira, "trabalhava em Espanha há muito tempo" e conhecia a zona "muito bem".

"Era um grande profissional, tinha muitos anos de mestre e era muito conhecedor de toda a costa, desde Espanha sul a Espanha norte. Trabalhava em Espanha há muito tempo, noutros barcos, conhecia bem aquela zona", afirmou, descartando a hipótese de falha humana por parte daquele mestre.

O responsável da APSHM disse que Francisco Rodrigues trabalhava como mestre "há mais de 30 anos" e teria "mais de 50 anos de mar".

"A vida dele foi o mar", frisou.

O naufrágio do navio pesqueiro português pode ter sido causado por um baixio, disse na segunda-feira à Lusa fonte da empresa armadora Pescas Balayo.

Quanto à chegada a Portugal do corpo de Francisco Rodrigues, a informação inicial era de que ela aconteceria hoje, mas José Festas refere "novas indicações", dadas "pelo agente do armador em Portugal a um irmão" do mestre de leme, que vão no sentido de que "o corpo terá de ficar mais 24 a 48 horas" em Espanha.

"Está a fazer-se tudo para que isso não aconteça, queremos que seja o mais rapidamente possível", destacou José Festas, explicando que "não foi preciso a família ir lá reconhecer" o corpo.

Um dos desaparecidos durante o acidente é um contramestre de arrastão, de Matosinhos, e, segundo José Festas, "é provável que os corpos estejam dentro da embarcação", porque parte da tripulação ia "a dormir" no interior da embarcação.

ACG // JGJ

Lusa/fim

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