Ucrânia: Washington impõe restrições de vistos e congelamento de bens
Porto Canal / Agências
Washington, 06 mar (Lusa) - Os Estados Unidos anunciaram hoje a imposição de restrições de vistos e o congelamento de bens a russos e a ucranianos tidos como responsáveis pela desestabilização da Ucrânia.
"O Departamento de Estado aprovou hoje restrições de vistos para um certo número de responsáveis e indivíduos, refletindo uma decisão política que visa a recusa de vistos a responsáveis ou cúmplices pela ameaça à soberania e à integridade territorial da Ucrânia", divulgou a Casa Branca, num comunicado.
A administração norte-americana não especificou o número de pessoas abrangidas por estas restrições, nem as respetivas identidades.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, tomou esta decisão "em resposta à violação contínua da Rússia da soberania e da integridade territorial da Ucrânia", sublinhou a Casa Branca.
O chefe de Estado norte-americano também assinou um decreto que autoriza o congelamento de bens "de indivíduos ou entidades, cujas ações minaram o processo democrático e as instituições na Ucrânia, ameaçando a paz, segurança e a estabilidade", prosseguiu a nota informativa.
Esta ordem executiva, de acordo com a administração norte-americana, "é uma ferramenta flexível que vai permitir punir aqueles que estão mais diretamente envolvidos na desestabilização da Ucrânia, incluindo na intervenção militar na Crimeia, e não exclui outros passos se a situação se deteriorar".
O Departamento de Defesa norte-americano (Pentágono) anunciou na segunda-feira a suspensão de "todas as ligações militares" entre Washington e Moscovo, após a intervenção russa na república autónoma ucraniana da Crimeia (sul da Ucrânia).
A tensão na região acentuou-se nos últimos dias com a decisão do Senado russo de autorizar o envio de tropas para a república autónoma da Crimeia, no sul da Ucrânia, território de maioria russófona e estratégico para Moscovo, que ali tem a base da sua frota do Mar Negro.
A decisão foi tomada em nome da proteção dos cidadãos e soldados russos, depois de o governo autónomo ter rejeitado o novo Governo da Ucrânia, formado pelos três principais partidos da oposição ao Presidente ucraniano, Viktor Ianukovich, atualmente exilado na Rússia.
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