Obras na Secundária Alexandre Herculano vão custar à Câmara do Porto cerca de três milhões de euros
Porto Canal com Lusa
O pavilhão polidesportivo, cuja construção a Câmara do Porto assumiu com o Governo para viabilizar a requalificação da Secundária Alexandre Herculano, vai custar dois milhões de euros, valor a que se somam mais 950 mil euros previstos no acordo inicial.
O montante foi anunciado pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, na Assembleia Municipal de segunda-feira, onde foi aprovada por unanimidade a adenda ao Acordo de Colaboração com o Estado para a requalificação e modernização daquela instituição de ensino.
O independente respondia ao líder da bancada municipal do PSD, Alberto Machado, que sublinhou que, mais uma vez, o município está a ser confrontado com mais encargos numa infraestrutura que é responsabilidade do Estado central.
Apesar de reconhecer que, neste caso, o município está a ser onerado com um encargo que deveria ser da responsabilidade do ministério da Educação, que detém a propriedade do Alexandre Herculano, Rui Moreira considera que este é um "bom negócio" para a cidade.
Para o autarca o liceu é mais que um projeto educativo que, no futuro, quando a descentralização se materializar vai passar para o município.
O presidente da autarquia revelou ainda que o novo concurso não prevê a requalificação dos espaços exteriores, não havendo, a esta altura, nenhum projeto ou verba pensada para o efeito.
O deputado municipal do PS, Tiago Brbosa Ribeiro, congratulou-se hoje com o acordo alcançado com o Governo que assume agora "três milhões, setecentos e cinco mil euros quando, anteriormente, assumia apenas 950 mil euros".
Esta adenda foi acordada depois de a autarquia ter revelado, no início de janeiro, que o primeiro concurso para a empreitada ficou deserto, uma vez que, as empresas interessadas consideraram o preço base de sete milhões de euros insuficiente para os trabalhos.
Segundo o documento aprovado na Assembleia Municipal, a reabilitação da Alexandre Herculano, custa 9,8 milhões de euros, sendo que 3,7 milhões do Governo e 950 mil euros da autarquia, a quem cabe ainda construir o pavilhão polidesportivo.
A escola foi encerrada pela direção em 26 de janeiro de 2017 devido ao seu estado de degradação, que poderia pôr em causa a segurança de alunos, professores e funcionários, e reabriu portas em 13 de setembro daquele ano para algumas turmas após obras consideradas prioritárias.
A reabilitação da centenária Alexandre Herculano, imóvel classificado, esteve prevista para 2011, ano em que a decisão do XIX governo de suspender 40 investimentos e cancelar outros 94 previstos no Plano de Modernização das Escolas com Ensino Secundário determinou o cancelamento desta intervenção.