Anglet, França, 07 fev (Lusa) - Equipas de resgate e uma brigada da guarda costeira francesa antipoluição vão hoje iniciar a retirada do combustível do cargueiro espanhol "Luno", que na quarta-feira se partiu em três na sequência de um desastre relacionado com o mau tempo.

A operação é descrita pela agência AFP como uma corrida contra o tempo, uma vez que deve ser levada a cabo em duas horas na maré baixa, antes de novas tempestades atingirem a costa atlântica de França durante o fim de semana, de acordo com as previsões.

O navio espanhol de 20 anos dividiu-se em dois quando as ondas e fortes ventos o empurraram contra um paredão artificial perto do porto francês de Baiona na quarta-feira.

A tripulação de 22 pessoas foi resgatada por helicóptero.

Mais tarde uma das partes do navio partiu-se em dois segmentos.

Temendo uma fuga de combustível no mar, as autoridades francesas lançaram um plano de emergência. Cerca de 20 toneladas de combustível podem estar dispersas no mar.

As equipas da guarda costeira, juntamente com bombeiros, e especialistas em salvamentos envolvidos na operação planeiam bombear 60 a 70 toneladas de combustível encontrado na proa do navio. Os dois outros segmentos do navio não contêm tanques de combustível.

A operação será "difícil", disse o presidente da câmara de Anglet, Jean Espilondo, uma vez que a proa se encontra encalhada na praia de La Barre, num ângulo de 15 graus sob a força das ondas.

Uma investigação foi aberta sobre o acidente. Os membros da tripulação começaram a ser ouvidos na quinta-feira e os inquéritos prosseguem hoje.

O "Luno" foi construído em 1994 e foi desenhado para carregar, entre outros produtos, substâncias perigosas sólidas a granel e contentores, partiu na noite de terça-feira, sem carga, do porto de Pasaia, em Guipúzcoa, com destino a Baiona.

Quando tentou entrar no porto de Baiona na noite de terça-feira sofreu um problema elétrico que o deixou à deriva durante algum tempo.

Na quarta-feira, com a energia elétrica restaurada e a ajuda de dois rebocadores, o navio tentou novamente entrar no porto, mas um novo corte de energia ocorreu, e o navio acabou por embater nas rochas.

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