CDU/Porto diz que já se notavam "divergências" entre Daniel Bessa, Moreira e o CDS

CDU/Porto diz que já se notavam "divergências" entre Daniel Bessa, Moreira e o CDS
| Norte
Porto Canal

A CDU do Porto classificou hoje a renúncia de Daniel Bessa à presidência da Assembleia Municipal (AM) como uma "verdadeira trapalhada" e alertou que "há algum tempo" se notavam "divergências" entre os independentes de Rui Moreira e o CDS.

O deputado municipal Artur Ribeiro recordou que, numa sessão em que a AM foi chamada a aprovar uma proposta do anterior executivo, Daniel Bessa foi um dos elementos "da coligação de Rui Moreira" que se absteve e, na declaração de voto, "claramente atira responsabilidades do que se passou" ao presidente da autarquia.

"Acho que aquela declaração de voto prefigurava uma clara divergência entre ele [Daniel Bessa] e presidente da Câmara, e problemas na coligação de Rui Moreira com o CDS/PP", afirmou Artur Ribeiro, à margem de uma conferência de imprensa de balanço dos primeiros 100 dias do mandato do atual executivo.

Rui Moreira foi eleito presidente da Câmara do Porto como independente, tendo-se apresentado na corrida às autárquicas com uma lista apoiada pelo CDS, partido que está representado no executivo e na Assembleia Municipal.

"Vinha-se a notar, há algum tempo, uma divergência entre pessoas da coligação, nomeadamente com pessoas ligadas ao CDS. Isso era notório entre segundo secretário [da mesa da AM], Miguel Leite, e o presidente da AM, Daniel Bessa", assegurou Artur Ribeiro.

O deputado destaca que, "numa conferência de líderes realizada na semana passada, pela primeira vez não esteve presente ninguém da mesa" da AM do Porto, formada pelo presidente, Daniel Bessa, pela primeira secretária, Ana Paula Vitorino (PS) e pelo segundo secretário, Miguel Pereira Leite (CDS).

"Nunca tinha acontecido, em 12 anos", assegura Artur Ribeiro.

Antes disso, numa outra conferência de líderes, "Daniel Bessa não esteve presente e Miguel Leite recusou conduzir a reunião", sublinhou Artur Ribeiro.

Para Pedro Carvalho, vereador da CDU na Câmara do Porto, "a alegação de motivos pessoais por Daniel Bessa para esta decisão não disfarça o incómodo gerado na maioria, que vê um dos seus protagonistas abandonar o barco decorridos apenas três meses depois do início do mandato".

"O anúncio da demissão de Daniel Bessa, num processo de verdadeira trapalhada, é uma boa demonstração da inconsistência e das contradições internas das listas de Rui Moreira e do CDS, agora coligadas com o PS", acrescentou.

A renúncia de Daniel Bessa à presidência da AM foi conhecida na segunda-feira, pouco antes do início da sessão extraordinária daquele órgão.

A reunião foi dirigida pela primeira secretária da mesa, a socialista e ex-secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, que disse ter tido conhecimento da decisão através de uma carta de Daniel Bessa.

O presidente da autarquia, Rui Moreira disse, na noite de segunda-feira, ter sido "apanhado de surpresa" pela renúncia de Daniel Bessa, não querendo alongar-se em considerações sobre as razões que levaram a esta decisão.

A renúncia do presidente da Assembleia Municipal do Porto obriga à eleição de uma nova mesa daquele órgão, podendo qualquer dos partidos apresentar candidatura, revelaram à Lusa deputados municipais.

Daniel Bessa foi eleito presidente da AM a 22 de outubro, com 32 votos a favor, sete votos brancos e seis votos no comunista Honório Novo, que também se candidatou ao lugar.

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