Lisnave pode ser exemplo para os estaleiros de Viana do Castelo - PSD

| Política
Porto Canal / Agências

Setúbal, 19 dez (Lusa) - O deputado e líder distrital do PSD de Setúbal, Pedro do Ó Ramos, afirmou hoje que os estaleiros da Lisnave constituem "um exemplo de que é possível recuperar os estaleiros de Viana do Castelo".

"Todos nós nos lembramos dos problemas que tivemos aqui, com a antiga Setenave, com muita conflitualidade social. A verdade é que esta empresa, que foi privatizada, como sabemos, deu a volta, e, neste momento, está estável do ponto de vista financeiro. E, do ponto de vista laboral, também tem paz social", disse.

Pedro do Ó Ramos falava aos jornalistas no final da primeira de um conjunto de visitas do presidente do grupo parlamentar do PSD, Luís Montenegro, a todos os círculos eleitorais, com o objetivo de contactar eleitores, instituições e empresas.

Acompanhado pelos deputados eleitos por Setúbal, Luís Montenegro visitou os estaleiros da Mitrena e reuniu com a administração da empresa, mas acabou por sair mais cedo devido a outros compromissos de agenda, pelo que foi o líder distrital dos sociais-democratas a falar à comunicação social da visita à Lisnave.

"Quisemos demonstrar - não fazendo qualquer contraponto com os estaleiros navais de Viana do Castelo - que estes estaleiros da Lisnave, que fazem reparação e manutenção e que têm o mesmo `core business´ que os estaleiros de Viana do Castelo - têm uma situação muito boa do ponto de vista financeiro", disse Pedro do Ó Ramos.

"Claro está que os estaleiros da Lisnave não têm o dia seguinte assegurado e têm de procurar novos trabalhos mês após mês, mas a verdade é que se adaptaram, fizeram um plano de recuperação notável, com muito sacrifício, tiveram que reduzir pessoal, mas, neste momento, segundo nos transmitiram aqui, têm envolvidos, em média, cerca de 2.000 trabalhadores por dia", acrescentou.

Confrontado com o facto de uma grande parte desses 2.000 trabalhadores que exercem a atividade na Lisnave serem subcontratados, e muitos deles em situação de grande precariedade, Pedro do Ó ramos argumentou que "a maior precariedade é não ter trabalho".

"Sabemos que muitos trabalhadores são precários - esta atividade tem picos - mas o fundamental é ocupar as pessoas. Sendo impossível garantir a permanência de todos, é importante ter a capacidade de ocupar mais pessoas quando há mais trabalho", disse.

Pedro do Ó Ramos salientou ainda que, de acordo a administração da empresa, "os estaleiros da Lisnave são os maiores da Europa, em volume de negócios e no trabalho, na área da reparação naval".

"A Lisnave é um exemplo de que é possível, com rigor tremendo na administração, com capacidade forte de penetração no mercado, com boa comercialização e bom marketing, é possível dar a volta a situações que pareciam perdidas", disse Pedro do Ó Ramos, lembrando que há 20 anos os estaleiros da Lisnave na Mitrena, em Setúbal - antiga Setenave - também pareciam perdidos.

GR // SMA

Lusa/fim

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