Vera Jardim e Morais Sarmento acreditam que a "espanholização" é a solução para a banca portuguesa

Vera Jardim e Morais Sarmento acreditam que a "espanholização" é a solução para a banca portuguesa
| Economia
Porto Canal (MYF)

O socialista Vera Jardim e o social-democrata Nuno Morais Sarmento acreditam que Portugal não tem capital suficiente para segurar as suas instituições bancárias. Os dois comentadores defendem que a "espanholização" da banca é indesejável, mas "não há solução" para reverter esta situação.

Em entrevista ao programa “Falar Claro” da Rádio Renascença, Vera Jardim salienta que a banca portuguesa não tem dimensão suficiente para competir com instituições bancárias espanholas e deixa uma mensagem de recomendação aos autores do manifesto contra a “espanholização” setor bancário.

“Bom era também que pudessem mobilizar intenções, vontades, capital, esta última é a mais difícil, para ver se conseguiam pelo menos que o Novo Banco pudesse ter um caminho português”, desafia o antigo Ministro da Justiça.

Para o comentador socialista, a melhor alternativa poderia estar na introdução de um segundo grande banco português. A “solução ideal” era haver a Caixa Geral de Depósitos e um “outro grande banco português”, defende.

Já Nuno Morais Sarmento não dá grande credibilidade à dramatização em torno da "espanholização" da banca e lembra os receios sobre a entrada de capitais angolanos e chineses.

“De vez em quando nós temos isto, como se houvesse alternativa. Sermos coutada de um qualquer país, em exclusivo, tudo o que é demais enjoa. Isto desequilibra e fragiliza-nos. O melhor que temos a fazer é tentar equilibrar um bocadinho e não deixar que esse exclusivo aconteça”, sublinha.

Em cima da mesa esteve ainda o caso de Passos Coelho ter pedido explicações ao Primeiro-Ministro, António Costa, sobre a sua intervenção na solução encontrada para o BPI. Morais Sarmento diz que o atual líder do PSD, “não comete um crime”, mas não entende, o porquê de tocar neste assunto, e não aproveitar para expor a questão do Banif, para colocar em causa o Executivo.

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