Novo Banco: "Instituição é viável e por isso os espanhóis estão tão interessados"
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 17 mar (Lusa) - A Comissão Nacional de Trabalhadores (CNT) do Novo Banco disse hoje no parlamento que a entidade é "viável", destacando a sua importância para a economia portuguesa e o apetite que a mesma desperta junto dos rivais espanhóis.
"O Novo Banco, apesar de tudo, teve um resultado operacional positivo de 125 milhões de euros em 2015, o que prova que é viável", afirmou Rute Pires, uma dos representantes da CNT que hoje foi ouvida na Comissão de Trabalho e Segurança Social da Assembleia da República.
A responsável solicitou aos deputados que não deixem que o Novo Banco, o terceiro maior banco a atuar em Portugal, seja "entregue a um grupo espanhol ou de outra nacionalidade qualquer".
E realçou: "O País precisa do Novo Banco, os trabalhadores precisam e os contribuintes também. O banco é viável e se calhar é por isso que os espanhóis estão tão interessados em nós".
A CNT aproveitou a ocasião para dizer que "a divisão entre o banco mau e o banco bom não foi bem feita", já que, na sua opinião, há "produtos que deviam ter passado para o banco mau e ficaram no banco bom".
A entidade que representa os trabalhadores do Novo Banco esteve hoje no parlamento por causa do processo de reestruturação do banco de transição resultante da intervenção do Banco de Portugal no antigo Banco Espírito Santo (BES), que implica a saída de várias centenas de trabalhadores da instituição a curto prazo.
A 25 de fevereiro, a administração do Novo Banco deu conta que, no âmbito do plano de reestruturação acordado com Bruxelas, têm que sair mais 500 trabalhadores da entidade durante este ano (depois dos 500 que já saíram ao longo dos últimos meses), e tem que haver um corte de 150 milhões de euros nos custos operacionais.
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