Porto, 05 fev (Lusa) -- O ministro da Cultura destacou hoje que o Orçamento do Estado foi desenhado numa "lógica de solidariedade" entre várias áreas do Governo pelo que, para se contabilizar o montante total da Cultura, devem ser somadas verbas da Ciência, Educação e Turismo.

"O que lhe posso garantir é que se instalou uma lógica de trabalho e solidariedade entre várias áreas do Governo. O orçamento da Cultura quando for divulgado em todos os seus pormenores, tem de ser somado, em larga medida também, ao orçamento da Ciência, da Educação e Turismo", afirmou o ministro João Soares.

O governante, que falava à margem da inauguração da exposição "The Sonnabend Collection. Meio Século de Arte Europeia e Americana. Part 1", em Serralves, escusou-se contudo a "entrar em detalhes sobre números".

Sobre as negociações em Bruxelas, reiterou que "o país deixou de negociar numa posição subalterna" e lembrou que "o primeiro-ministro foi a Berlim ajudar a chanceler Angela Merkel a lidar com o problema com que está confrontada, em matéria de refugiados".

Questionado sobre o orçamento para instituições culturais, como a Casa da Música ou o próprio Museu de Serralves, João Soares respondeu que ambas "têm hoje uma articulação muitíssimo mais profunda e muito mais numa lógica de relação do dia-a-dia, sem burocracias, com o Ministério da Cultura, do que o que tinham antes".

Já sobre os seis quadros de Vieira da Silva, em risco de sair do museu da pintora, garantiu estar "desde o primeiro dia" a tratar "dessa questão" que, admitiu, "não é uma questão fácil, sobretudo dadas as decisões erradas tomadas pelo anterior governo".

LIL // MAG

Lusa/Fim