Ajuda externa até podia ser chamada "pífaro" - Jerónimo de Sousa
Porto Canal / Agências
Guimarães, 24 set (Lusa) - O secretário-geral do PCP reforçou na segunda-feira a necessidade de "rasgar" o acordo de auxílio económico-financeiro, ao qual, no seu entender, até se pode chamar "pífaro", e promoveu a ideia de aumentar os rendimentos dos portugueses.
"Chamem-lhe segundo resgate, programa cautelar, chamem-lhe um pífaro se quiserem, porque o que querem é manter o país na cadeia, impedir a sua libertação, o seu desenvolvimento e crescimento, visando apenas o empobrecimento de Portugal", afirmou Jerónimo de Sousa num comício noturno, em Guimarães, no âmbito da campanha eleitoral para as autárquicas do dia 29.
Na quarta-feira passada, grupo parlamentar comunista apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução visando o aumento imediato do salário mínimo nacional para 515 euros e uma subida progressiva até aos 600 euros no final de 2014.
"Insaciáveis, ainda buscam roubar mais nos salários e pensões de reforma. Se não os pomos a andar - ao FMI [Fundo Monetário Internacional], à 'troika', ao Governo e aos que têm apoiado e apoiam a política de direita -, eles põem o país a pão e laranja", disse.
Citando o poema de António Gedeão, celebrizado por Manuel Freire, Jerónimo de Sousa declarou que os militantes e apoiantes "sabem que o sonho comanda a vida".
"Vocês são herdeiros desse poema, que isto hoje é assim, mas há de mudar, com a luta, com a força, com a confiança, com a esperança neste Portugal de desenvolvimento e progresso. Viva o povo português, viva Portugal, viva a CDU", concluiu, no concelho "berço da nação".
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