Marcelo diz valer a pena esperar por acordo na TAP e não especular no Banif
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 18 dez (Lusa) - O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa recusou hoje fazer considerações sobre o Banif, sublinhando que não deve contribuir para a especulação, enquanto sobre a TAP disse acreditar que Estado e privados cheguem a acordo.
"Em relação ao Banif, todos sentimos que estamos na véspera de uma decisão, portanto, tudo o que seja contribuir para a estabilidade, para a não especulação, para a serenidade dos portugueses, é fundamental", afirmou à saída de uma audiência na CGTP-In, em Lisboa.
"Disse e repito: a decisão será uma decisão rápida e espera-se que seja uma decisão que respeite, como disse o primeiro-ministro, o mais possível, para não dizer na integralidade, ele disse mesmo na integralidade, a posição dos depositantes e tome em consideração a posição de muitos madeirenses e de outros portugueses espalhados pelo mundo, que acreditaram e acreditam na instituição", reforçou.
O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje em Bruxelas ter "esperança" de que, ainda hoje, surjam propostas para o Banif que dispensem a necessidade de um Orçamento do Estado retificativo para 2015.
Já depois destas declarações do chefe de Governo, o Banif anunciou que fez um acordo para a venda do banco que tem em Malta (Banif Banca) por 18,4 milhões de euros, numa nota ao mercado em que não avança o nome do comprador.
Questionado sobre a TAP, o candidato a Belém disse que "vale a pena esperar para ver se é possível qualquer tipo de acordo entre o Estado português e os privados".
"Estamos ainda numa fase em que é cedo para dizer, sabemos que as posições são diferentes e estão muito diferentes, mas ainda é cedo para dizer que não é possível um acordo", afirmou.
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje, em Bruxelas, que o Estado retomará a maioria do capital da TAP, mesmo sem acordo com os compradores privados.
Na quinta-feira, o empresário Humberto Pedrosa, acionista da Atlantic Gateway, juntamente com o empresário David Neeleman, reuniu-se com o Governo para o primeiro encontro oficial sobre a recuperação da posição maioritária do Estado.
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