TAP repõe salários perdidos em cinco anos
Porto Canal (LYC)
A TAP vai repor as anuidades dos trabalhadores que foram congeladas devido aos cortes à administração pública. A garantia foi dada pelo presidente da companhia aérea, Fernando Pinto, numa mensagem de natal enviada aos colaboradores, que foi recentemente privatizada em 61% do capital. A reposição será faseada, ao longo de cinco anos, com uma reposição em cada ano, sempre em Janeiro.
Fernando Pinto lembra ainda, na mensagem de Natal aos colaboradores, que “as medidas e austeridade impostas pelo programa de resgate a que Portugal esteve sujeito desde 2011, que teve especial incidência na função pública e no sector empresarial do Estado, degradaram as condições de remuneração praticadas”, com cortes nas anuidades e nas diuturnidades dos trabalhadores.
O presidente refere ainda que “nesta nova fase, em que a Empresa não mais depende das limitações impostas pelo orçamento de Estado, tanto sindicatos como trabalhadores individualmente têm-nos confrontado com a necessidade de haver uma compensação para as quebras de rendimentos sofridas, em especial as que se referem ao congelamento das anuidades, vencimentos de senioridade e senioridades".
Fernando Pinto deixa ainda uma nota ao trabalho dos colaboradores da TAP, agradecendo o facto de que, apesar das "dificuldades sentidas", isso não foi impedimento para que "todos continuassem a dar o seu melhor, num sinal inequívoco de compromisso com a defesa da nossa Empresa".
"É, no entanto, justo que, existindo agora condições para garantir um futuro que todos desejamos, haja também um sinal de que o esforço individual e colectivo serão também compensados no futuro.", concluiu o presidente da companhia aérea detida pelo consórcio Gateway, de Humberto Pedrosa e David Neeleman.
Há um ano atrás, a TAP estava a ultrapassar um período de instabilidade, com ameaças de greves de quatro dias entre o Natal e o Ano Novo, depois de um período de várias paralisações no Verão.