Porto, 10 abr (Lusa) -- A concelhia do PS/Porto acusou hoje o Governo de estar a "declarar guerra ao Porto e aos cidadãos da cidade" com a reforma do setor das águas, garantindo lutar contra esta decisão com todos os meios legítimos.

O Governo concluiu na quinta-feira a reforma do setor das águas, que passa por "um fortíssimo emagrecimento" do grupo Águas de Portugal, agregando 19 empresas regionais em cinco entidades e reduzindo custos em 2.700 milhões de euros.

Em comunicado, a concelhia do PS/Porto, liderada por Tiago Barbosa Ribeiro, considera que este é o "primeiro passo para a privatização do sistema de distribuição da água no país", acusando o Governo de "profundo desrespeito pelos municípios".

"No seu centralismo doentio, o Governo declara, assim, guerra ao Porto e aos cidadãos da cidade. O PS Porto manifesta a sua total oposição a esta medida do Governo e o seu compromisso de lutar contra ela por todos os meios legítimos", afirma.

Segundo a concelhia socialista, "o Governo desrespeita tudo e todos e, de forma apressada, em fim de mandato, pretende subtrair à cidade e à região a capacidade de controlar o sistema de abastecimento de água".

"A consequência mais imediata será o brutal aumento do custo da água. Nos próximos cinco anos a fatura da água no Porto agravar-se-ia em 40%, se esta desgraçada fusão fosse por diante, sem que daqui resulte qualquer benefício tarifário para os municípios do interior, ao contrário do que afirma a propaganda governamental", alerta.

A concelhia do socialista do Porto garante "apoio incondicional à Câmara do Porto e o seu presidente, Rui Moreira, em todas as medidas que venham a ser tomadas para lutar contra esta decisão do Governo", autarquia na qual o PS está coligado com o movimento independente.

JF // MSP

Lusa/fim