Segurança: Zonas Urbanas Sensíveis são "local privilegiado" para o crime

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 31 mar (Lusa) -- As Zonas Urbanas Sensíveis (ZUS) são "o local privilegiado" para o aparecimento de situações de confronto, de resistência à autoridade e de criminalidade, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2014, hoje apresentado no parlamento.

"As ZUS continuam a ser um local privilegiado para a emergência de situações de confronto e resistência à autoridade e de criminalidade, associado a grupos dali originários com uma crescente capacidade organizativa", refere o documento.

O RASI adianta que o tráfico e comércio ilícito de armas tem como principais operadores ou grupos que atuam nas ZUS, através de uma realidade de "redes informais".

Segundo documento, o tráfico e comércio ilícito de armas é desenvolvido por grupos que se dedicam primariamente a outros ilícitos criminais, como o tráfico de estupefacientes, segurança privada ilegal em estabelecimentos de diversão noturna, furtos e roubos.

"Apesar da pouca expressividade dos números, em 2014 foram referenciadas estruturas criminosas na posse de armas de calibre de guerra/militar", refere o RASI, acrescentando que este fenómeno deve merecer um "acompanhamento atento", durante o ano de 2015.

O documento, da responsabilidade do gabinete da secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, indica também que a prática de ilícitos criminais desenvolvida no exercício da atividade de segurança privada, em particular em contexto da diversão noturna, continuou a manter a sua relevância no âmbito da segurança interna.

O RASI defende uma redefinição da denominada criminalidade itinerante, que é desenvolvida sobretudo por cidadãos oriundos do Leste Europeu e particularmente associada a crimes como exploração de menores para mendicidade, furtos a pessoas, residências e estabelecimentos comerciais.

"Tal visaria distinguir as ações que configurem apenas um maior nível de organização no contexto da pequena criminalidade, dos casos em que, sob uma mesma aparência, se pode estabelecer uma relação direta de financiamento de poderosas estruturas criminosas transnacionais, cujas lideranças se encontram habitualmente nos respetivos países de origem. Apesar de ambos os casos terem impacto na segurança interna, eles representaram níveis de ameaça distintos", diz ainda o documento.

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