Marinho e Pinto (MPT) diz que faria "bem melhor" que Cavaco Silva
Porto Canal / Agências
Porto, 22 mai Lusa) -- O cabeça de lista do MPT - Partido da Terra - ao Parlamento Europeu garantiu hoje, no Porto, que no lugar de Cavaco Silva faria "bem melhor".
À chegada ao Mercado do Bolhão, no Porto, Marinho e Pinto tinha seis pessoas a espera-lo que, entre beijos, abraços e fotos, lhe pediram mudança e mais justiça, prometendo-lhe o voto no próximo domingo.
"Fazia bem em ir para o lugar de Cavaco Silva", atirou uma senhora e, ao comentário, Marinho e Pinto garantiu que faria "bem melhor".
Entre as bancas de venda do mercado, o ex-bastonário da Ordem dos Advogados foi solicitado para concorrer ao lugar de primeiro-ministro. "Só para o ano", retorquiu.
Questionado pelos jornalistas sobre essa possibilidade, Marinho e Pinto frisou não fazer projetos a "tão longo prazo", lembrando que as eleições legislativas são só para o ano.
Enquanto distribuía panfletos, o número um da lista do MPT às europeias ia ouvindo queixas sobre o estado do Mercado do Bolhão e a necessidade de obras, entre críticas ao presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
"Parece-me que é farinha de saco diferente", respondeu a uma vendedora de peixe.
Presenteado com uma música, Marinho e Pinto ia sendo reconhecido pelas pessoas por ir a um programa matinal de uma estação de televisão privada.
"Adoro vê-lo e ouvi-lo, tenho a certeza que vai ter boa votação", lançou um senhor que, ao longo de toda a visita, o acompanhou com gritos de apoio.
Os resultados das últimas sondagens indicam que Marinho e Pinto poderá ser eleito eurodeputado.
"As sondagens transformaram-se em Portugal e em muitos países da Europa não numa forma de dar a conhecer intenções de voto dos eleitores, mas manipular as intenções de voto", disse.
E, acrescentou, "não me influenciam em nada".
"Estou farto destes gatunos, veja lá se muda isso", pediu o filho de uma vendedora.
O cabeça de lista do MPT realçou que os portugueses estão a trabalhar para pagar o que outros roubaram e os escândalos do BPN, BCP, BPP, negócios e contratos público-privados.
"Lamentavelmente em Portugal são partidos de esquerda radical que estão a fazer o papel que a extrema-direita está a fazer na Europa", considerou.
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