Aumento da dívida em Portugal não pode deixar ninguém indiferente - Seguro
Porto Canal / Agências
Gaia, 22 mai (Lusa) - O secretário-geral do PS considerou hoje que os dados do Banco de Portugal que apontam para um aumento da dívida pública no primeiro trimestre deste ano não podem deixar nenhum português indiferente face às eleições de domingo.
António José Seguro falava no final de um almoço comício em Vila Nova de Gaia, numa alusão aos dados preliminares do boletim estatístico do Banco de Portugal, segundo os quais a dívida pública portuguesa subiu para os 132,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no final do primeiro trimestre, acima dos 129 por cento registados no final de 2013.
"Hoje o país ficou a conhecer mais um dado que infelizmente partilho convosco: a dívida voltou a aumentar no primeiro trimestre deste ano e já ultrapassa os 132 por cento. Entre dezembro e o final do primeiro trimestre deste ano, a dívida aumentou sete mil milhões de euros", apontou o líder socialista.
De acordo com o secretário-geral do PS, estes indicadores comprovam que a dívida pública em Portugal "não para de aumentar".
"No primeiro trimestre deste ano, a economia caiu e o desemprego é o maior da nossa história. Perante isto, algum português ou portuguesa pode ficar em casa indiferente? Alguma portuguesa ou português reformado que trabalhou uma vida inteira pode ficar indiferente a um Governo que disse que não cortaria nas pensões, mas depois cortou-as?", questionou Seguro.
De acordo com os dados preliminares do Boletim Estatístico do Banco de Portugal, a dívida pública na ótica de Maastricht alcançou os 220.684 milhões de euros em março deste ano.
No final de 2013, a dívida pública portuguesa estava nos 129% do PIB, o equivalente a 213.631 milhões de euros, o que significa que a trajetória da dívida continua em alta, segundo números do banco central.
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