Rangel qualifica de "vagas" e "requentadas" as "80 medidas" do PS

| Política
Porto Canal / Agências

Barcelos, 18 mai (Lusa) - O cabeça de lista da Aliança Portugal qualificou de "vagas" e "requentadas" as "80 medidas" apresentadas pelo PS e defendeu que estas eleições servirão para os portugueses darem "um sinal" de que não querem uma quarta bancarrota.

Numa intervenção num jantar comício em Barcelos, com a presença do antigo líder do PSD Luís Marques Mendes, Paulo Rangel insistiu no ataque ao ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates, assim como o primeiro candidato do CDS-PP, Nuno Melo.

"Nós não estamos a confundir eleições nacionais com eleições europeias. Mas há uma coisa que vos garanto, o PS que não pensa que fica sem resposta, que apresenta um programa com 80 medidas de governo, aliás vagas e muitas delas requentadas, a meio de uma campanha eleitoral para as europeias, e que nós ficamos calados e silentes nos nossos comícios e nas nossas intervenções", afirmou Rangel.

O eurodeputado dirigiu-se de seguida ao ex-primeiro-ministro socialista: "Que não pense o engenheiro José Sócrates e os seus apoiantes do PS, que pelos vistos são todos, que mete aqui a ´troika' e vai-se embora para Paris, e quando a ´troika' vem embora, regressa de Paris para voltar outra vez à política portuguesa".

"Ele que não conte com isso. Nós estamos atentos, os portugueses não esqueceram. Nós sabemos que se hoje estamos onde estamos, tivemos que passar por esforços, sacrifícios, medidas duras, isso tem um responsável, isso tem um culpado e o responsável e o culpado são as políticas socialistas 13 anos depois de 1995 e, em particular, nos últimos anos de governação de José Sócrates, que são agora recuperados pelo PS em plena campanha para as europeias", argumentou.

O primeiro candidato do CDS-PP, Nuno Melo, pediu ao secretário-geral socialista, António José Seguro, que "acerte a bússola" e não confunda eleições europeias com legislativas, e voltou a atacar o ex-primeiro-ministro e a sua anunciada entrada na campanha do PS.

"Sócrates voltou e não voltou para dizer desculpem lá qualquer coisinha", afirmou, argumentando que a presença do antigo chefe de Governo mostra que os socialistas, se "pudessem, faziam tudo outra vez".

Melo levou para o palanque uma ´pen' da campanha de José Sócrates de 2011, para mostrar que o ´slogan' "mudança" era, na altura, o mesmo usado pelos socialistas atualmente.

Quando Paulo Rangel subiu ao palanque, a ´pen', em forma de pulseira, tinha lá ficado e o cabeça de lista social-democrata concluiu: "o engenheiro José Sócrates persegue-nos".

Paulo Rangel pediu aos "indecisos e desmotivados" do PSD e do CDS e "até aos eleitores do PS" que votem na Aliança Portugal no dia 25 de maio, dando um sinal de que não querem uma "quarta bancarrota em Portugal", e de que querem que o país seja um "parceiro" na Europa e não "devedor", "mendigo" ou "pedinte".

"Cada voto na Aliança Portugal é uma vacina contra o despesismo, contra a irresponsabilidade financeira, contra o vírus socialista", afirmou.

ACL // PGF

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