BE diz que para Passos e Portas austeridade mais do que defeito é feitio
Porto Canal / Agências
Tomar, 12 mai (Lusa) - O coordenador do BE João Semedo disse hoje querer "acertar contas com a direita" e derrotar a coligação nas europeias, considerando que a austeridade, mais do que defeito, "é feitio de Paulo Portas e de Pedro Passos Coelho".
João Semedo discursava hoje à noite num comício do primeiro dia de campanha para as eleições europeias, onde as principais críticas foram para o Governo que "se suporta na mentira, na chantagem e no abuso".
"Quando nós falamos em austeridade e olhamos para o estado do país, temos que ser muito claros e dizer a todos e a todas: austeridade é defeito mas, mais do que defeito, é feitio de Paulo Portas e de Pedro Passos Coelho", atirou.
João Semedo tem por isso um objetivo claro para o dia 25 de maio: "Nós queremos acertar contas com a direita, queremos derrotar o PSD e o CDS".
O coordenador do BE falou ainda da "discussão interessantíssima" entre PS e PSD sobre qual dos governos vai a votos nas europeias - se o de Passos Coelho, se o de José Sócrates" - considerando que estas "divergências insanáveis" de Seguro com o PSD "são como as decisões irrevogáveis de Paulo Portas", apenas "palavras que lhes saem da boca para fora".
"Vamos assistir a muitas destas divergências e o objetivo é exatamente esconder aquilo que é essencial: no que importa aos portugueses e a Portugal a política de Pedro Passos Coelho e a política de António José Seguro não se distinguem", acusou.
Semedo apelidou ainda de "forrobodó" os Conselhos de Ministros extraordinários que são verdeiros "shows do Governo" e uma "cimeira da troika para o dia das eleições", referindo-se à reunião promovida pelo Banco Central Europeu.
"Inventam-se agora Conselhos de Ministros para aprovar documentos que já foram 10 vezes, 20 vezes discutidos, aprovados e divulgados. O que o Governo vai fazer é abusar dos meios do Estado, dos meios públicos, usando-os ao serviço da campanha do PSD e do CDS-PP", criticou, no mesmo dia em que o BE apresentou queixa na Comissão Nacional de Eleições sobre este Conselho de Ministros marcado para sábado.
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